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Barragem em Mariana tem novo vazamento; Defesa Civil e PM enviam equipes

O rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), provocou uma onda de lama que atingiu várias casas - Neno Vianna/EFE
O rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), provocou uma onda de lama que atingiu várias casas Imagem: Neno Vianna/EFE

Carlos Eduardo Cherem

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

27/01/2016 16h01Atualizada em 29/01/2016 10h39

A Defesa Civil de Minas Gerais e a PM (Polícia Militar) enviaram equipes no fim da tarde desta quarta-feira (27) para Mariana (MG) para verificar as condições da barragem de Fundão, em Mariana (MG) que rompeu em novembro do ano passado, matando 17 pessoas e deixando duas outras desaparecidas, e apresentou um novo vazamento no início da tarde desta quarta-feira (27). 

 
De acordo com a Defesa Civil, “em torno das 12h houve uma movimentação de massa no material que sobrou na barragem (de Fundão). Porém, a movimentação não ultrapassou o limite da empresa”.
 
De acordo com a Samarco, o alerta amarelo é acionado quando “são detectados pequenos desvios na estrutura”. Os empregados da mineradora que trabalham no local tiveram de ser retirados imediatamente. Não foi informado o número de pessoas que tiveram de deixar a área.
 
De acordo com o governo de Minas Gerais, foram também enviadas para Mariana equipe do Núcleo de Emergências Ambientais, órgão da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais.
 
“A equipe se deslocou para o local para averiguar a situação, apurar as consequências para o meio ambiente e tomar as providências cabíveis”, informou o governo mineiro.
 
A Defesa Civil de Marina foi avisada no final da manhã desta quinta-feira (27) pela mineradora Samarco, que adotou o alerta de “emergência”. Quando do rompimento da barragem, em 5 de novembro, a empresa havia avisado apenas por telefone os moradores

De acordo com a Defesa Civil, não há vítimas. Entretanto, seguindo a legislação, os empregados da empresa que trabalham em Fundão, tiveram de deixar o local. Ainda de acordo com a Defesa Civil, houve um "deslocamento de uma massa, material acumulado que vazou". Esses materiais acumulados são sedimentos do vazamento anterior, quando do rompimento da barragem em 2015.

A situação de emergência é iniciada, explica a Defesa Civil, quando “for constatada, a qualquer momento, anomalia que resulte na pontuação máxima de dez pontos em qualquer coluna do quadro de estado de conservação referente a categoria de risco da barragem de mineração, ou quando há qualquer outra situação com potencial comprometimento de segurança da estrutura”.

Samarco 

A Samarco informou nesta quarta-feira (27) que o “volume deslocado permanece entre a barragem de Fundão e Santarém, dentro das áreas da Samarco. De acordo com a mineradora, “as estruturas das barragens de Germano e Santarém permanecem estáveis com base no contínuo monitoramento”.

Ainda de acordo com Samarco, a movimentação “de parte da massa residual da barragem de Fundão” aconteceu devido as chuvas das últimas semanas na região.
 
“De forma preventiva e seguindo seu plano de emergência, os empregados, que atuam próximo à área afetada, foram orientados a deixar o local. Não houve a necessidade de acionamento de sirene por parte da empresa. As defesas civis de Mariana e Barra Longa (MG) foram devidamente informadas”, informou a mineradora.
 
 

Veja o desespero das pessoas com o rompimento da barragem do fundão

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