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Boate Kiss: júri dos réus é marcado para 1º de dezembro

Júri dos réus é marcado para 1º de dezembro de 2021 - Reprodução
Júri dos réus é marcado para 1º de dezembro de 2021 Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL

05/04/2021 21h20

Foi marcado para 1º de dezembro deste ano, às 9h, o júri dos quatro réus pelo incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Em 2013, um incêndio de grandes proporções matou 242 jovens e deixou outras 636 pessoas feridas. Em janeiro, a tragédia completou oito anos.

Agora, com a data definida, os empresários e sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o vocalista e o produtor da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão, serão julgados. Eles respondem por homicídio simples - consumado 242 vezes, por causa do número de mortos - e por 636 tentativas de homicídio - de acordo com o número de feridos.

A data foi marcada pelo juiz Orlando Faccini Neto, que assumiu hoje o 2º Juizado da 1ª Vara do Júri do Foro Central. O juiz explicou que escolheu a data no fim do ano por esse ser um júri que deve se estender por dias, e por conta da pandemia de covid-19. Mas ressaltou que, a realização do plenário na data marcada vai depender da evolução da imunização.

Também por conta da pandemia, o setor de logística do TJRS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul) irá organizar o alojamento e alimentação dos jurados, segurança interna e externa, cobertura da imprensa, entre outras questões.

O local do júri ainda não foi definido, mas deve ser escolhido até o fim do mês de maio.

Incêndio na Boate Kiss

O incêndio que deixou 878 vítimas - entre mortos e feridos - aconteceu em 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria. Na ocasião, por volta de 2h30, um integrante da banda Gurizada Fandangueira, que fazia um show na casa, acendeu um sinalizador de uso externo e faíscas do artefato acabaram incendiando a espuma que fazia o isolamento acústico do local.

Além do fogo, a queima da espuma liberou gases tóxicos, como o cianeto, que é letal e matou, por sufocamento, a maior parte das 242 vítimas. O local não possuía saídas de emergência adequadas, e os extintores de incêndio eram insuficientes e estavam vencidos.

* Com informações da Agência Brasil