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Namorado de estudante morta em porta de balada em MG é preso em Fortaleza

Yasmin Martins Videira, de 20 anos, levou um tiro na nuca e não resistiu ao ferimento - Reprodução/Facebook
Yasmin Martins Videira, de 20 anos, levou um tiro na nuca e não resistiu ao ferimento Imagem: Reprodução/Facebook

Rodrigo Scapolatempore

Colaboração para o UOL, em Uberlândia (MG)

09/09/2021 11h23

O suspeito de matar a estudante de direito Yasmin Martins Videira, de 20 anos, na porta de uma balada em Frutal (MG), foi preso hoje em Fortaleza (CE), depois de 25 dias de buscas.

Jarbas Luiz Lopes Pimenta, de 24 anos, era considerado foragido da Justiça e já havia sido indiciado por homicídio doloso com erro na execução, ou seja, havia intenção clara de matar, mas o alvo de origem, que era o outro envolvido, um amigo de 28 anos - não identificado pela polícia -, não foi acertado.

O crime ocorreu no dia 15 de agosto, quando a vítima foi atingida com um tiro na nuca pelo namorado enquanto tentava separar uma briga entre ele (namorado) e outro rapaz, segundo apontaram as investigações. A prisão foi feita em conjunto pelas Polícias Civil do Ceará e Minas Gerais.

O delegado responsável pelo caso em Minas Gerais, Murilo Antonini, afirmou que Jarbas estava escondido há duas semanas em uma casa de amigos na capital cearense.

"Ele fugiu para Goiás, ficou alguns dias por lá e depois foi para Fortaleza. Nossa inteligência monitorou esta rota, mas precisávamos confirmar ao certo onde ele estava e essa confirmação veio entre a madrugada e o início do dia de hoje, quando pudemos finalmente agir", disse Antonini, ao UOL.

Captura

Segundo o delegado, em um primeiro momento, os moradores da casa disseram à polícia que não conheciam o suspeito. "Mas, de posse das informações e com mandado judicial, entramos na residência e localizamos ele escondido em um quarto, sem oferecer resistência", disse Antonini. Ele ainda afirmou que o suspeito vai ser interrogado pela primeira vez de forma virtual da delegacia em que está no Nordeste.

"Ele vai ser ouvido remotamente, contará seu lado e assim poderemos concluir o interrogatório e nossa tese de homicídio. Depois, deve ser transferido ao presídio em Minas", completou ele.

A polícia ainda não tem informações sobre as responsabilidades legais das pessoas que esconderam o foragido e se ela serão indiciadas. Ninguém mais foi preso. O UOL tenta contato com a defesa do suspeito.

Crime e inquérito

Os três envolvidos no incidente estavam em uma loja de conveniência antes da tragédia. Depois, foram para a frente da casa noturna. Por motivo ainda desconhecido, os dois homens começaram a discutir. Yasmin tentou separar a confusão, quando houve o disparo.

Quando os militares chegaram, a jovem já estava caída, morta, e os homens haviam fugido. A polícia chegou a cogitar a possibilidade de feminicídio, mas todos os indícios apontaram que a tese não era válida.

Após o crime, o delegado afirmou que "foi uma discussão banal, que estavam todos embriagados e, sem motivos, um começou a mexer com o outro".

A conclusão do inquérito foi possível depois que o outro rapaz se entregou alguns dias após a tragédia e detalhou sua versão, que se somou aos depoimentos de testemunhas e imagens de câmera de segurança do local.