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Estudante de direito morre com tiro na nuca na porta de balada em MG

Rodrigo Scapolatempore

Colaboração para o UOL, em Uberlândia (MG)

17/08/2021 13h05

Uma estudante de direito foi morta com um tiro na nuca durante uma discussão entre dois homens na porta de uma casa noturna em Frutal (MG), no domingo (15). Yasmin Martins Videira, de 20 anos, fazia o curso na UEMG (Universidade Estadual de Minas Gerais). Os dois envolvidos fugiram e o caso está sendo investigado pela polícia.

Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, imagens de câmeras de segurança que ficam próximas à balada revelam, inicialmente, que os dois suspeitos batiam boca e trocavam ameaças antes de ocorrer um tiro de arma de fogo.

Relatos de testemunhas indicam que a confusão começou em uma loja de conveniência nas proximidades, onde a vítima também se encontrava. Depois, os três foram para a casa de festas e, na frente do estabelecimento, um deles efetuou o disparo que atingiu Yasmin.

Quando os militares chegaram, a jovem já estava sem vida e os dois homens haviam fugido, um de carro e outro de moto. Eles são procurados e considerados foragidos da Justiça.

Polícia tem três versões

Segundo o delegado Murilo Antonini, a polícia trabalha com três linhas de investigação. "Trabalhamos com a versão de homicídio acidental, com intenção, por erro na execução; com a de homicídio totalmente acidental, após a arma cair no chão e acertar ela sem querer; e com a de feminicídio, tese esta que está quase descartada", afirmou.

O policial disse que um deles seria namorado de Yasmin e que todos moram em Frutal. No entanto, para não atrapalhar as investigações, o delegado não informou suas identidades e se eles têm passagens policiais ou algum envolvimento com crimes.

Sobre as buscas, Antonini informou que as diligências seguem dentro da cidade e nas imediações, mas que ainda não há nada de concreto sobre o paradeiro dos dois.

O UOL tentou contato com a família da vitima pelas redes sociais. Abalados, dois primos da jovem que preferiram não se identificar disseram que a família não vai dar entrevistas.

'Briga de momento'

O delegado afirma que as apurações iniciais não indicam que os dois teriam alguma desavença anterior, nem que a vítima teria sido o fator motivador do crime.

"Os dois fugiram, então entendemos que são suspeitos. Tudo indica mesmo a morte de Yasmin foi resultado desta discussão, uma coisa de momento".

Apesar das primeiras avaliações, Antonini esclareceu que aguarda laudos para confrontar o que já tem com as provas técnicas e a trajetória do projétil.

"Só estes elementos, junto ao esclarecimento deles, nos ajudarão a entender os termos e circunstâncias, o grau de culpa e apurar real envolvimento de cada qual. As buscas continuam", completou.