Topo

Esse conteúdo é antigo

Brasileira morta em Portugal via família pela 1ª vez pós-pandemia: 'Choque'

Eunice estava em Portugal desde fevereiro e família luta para conseguir trazer o corpo dela de volta - Reprodução/Facebook
Eunice estava em Portugal desde fevereiro e família luta para conseguir trazer o corpo dela de volta Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

12/05/2022 13h29Atualizada em 12/05/2022 13h29

A brasileira Eunice de Oliveira Soares, 69, estava visitando a família em Portugal pela 1ª vez em dois anos, devido às restrições sanitárias causadas pela pandemia de covid-19. Eunice morreu na última sexta-feira (6) e a família aguarda resultado da autópsia para confirmar a causa da morte.

Em contato com o UOL, a sobrinha da vítima, Chardilene Zandomênico, contou que ela passou mal no dia e foi levada para o hospital. "Ela passou mal pela manhã e desmaiou no banheiro. Foi socorrida e levada ao hospital, onde foi feita uma bateria de exames e ficou em observação". Ela ainda afirmou que nos exames não constataram nada preocupante que pudesse gerar algo mais grave depois, como AVC ou infarto.

Chardilene relatou que Eunice saiu bem do hospital, mas ela acabou passando mal no carro depois. "Deram alta e na volta pra casa ela sentiu uma forte dor dentro do carro."

Uma ambulância foi chamada e ela foi levada de volta para o hospital, mas Soares não acabou resistindo.

A sobrinha falou que a tia possuía hipertensão, porém controlada e que ela era uma pessoa ativa e que por isso a família ficou em choque pelo falecimento repentino.

Eunice foi para Portugal em fevereiro e sempre ia uma vez por ano, mas ficou sem ir para o país europeu ver a filha e os netos desde 2020, quando começou a pandemia. "Ela ia com a passagem só de ida, por isso não tinha seguro para cobrir o traslado", disse Chardilene. Ela viria embora para o Brasil no próximo dia 24.

Vaquinha para trazer o corpo de volta

Chardilene compartilhou a vaquinha de R$ 108 mil para cobrir os custos do transporte, a fim de que ela seja enterrada no Brasil. "Se não conseguir atingir a meta para o traslado, queremos pelo menos enterrar lá mesmo, que os custos são, em média, 6 mil euros (R$ 32 mil na cotação atual)", disse ela.

"Se ainda assim não atingir, pelo menos tentamos conseguir os custos da passagem para as duas filhas que estão aqui poderem ir ao encontro de dois irmãos que estão em Portugal."

Chardilene teme que o corpo seja cremado por não atingir o valor necessário. "Se não atingirmos nenhuma das metas acima o corpo terá que ser cremado, o que a família não quer e não era a vontade da minha Tia. Essa seria a última possibilidade".