Conteúdo publicado há 10 meses

Acusado de matar Marielle, Ronnie Lessa é condenado por tráfico de armas

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região negou recurso e condenou em 2ª instância o ex-policial militar Ronnie Lessa por tráfico internacional de acessórios de armas de fogo. Lessa é apontado como um dos executores da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco.

O que aconteceu?

Desembargadores não viram motivo para reverter condenação. O MPF (Ministério Público Federal) entrou com embargos de declaração, tipo de ação que contesta alguma decisão do tribunal. Para os procuradores, os desembargadores fundamentaram a condenação em segunda instância baseados somente na sentença da primeira instância, sem nenhuma conclusão própria.

TRF-2 disse que a fundamentação "não exige acréscimo de argumentos próprios do julgador".

Lessa e a ex-mulher, Elaine, foram denunciados por importarem ilegalmente de Hong Kong 16 peças para fuzis de uso controlado em 2017. As peças foram apreendidas ao chegarem no Aeroporto Internacional do Galeão. O destino das peças era uma academia em Rio das Pedras, zona oeste do Rio, da qual Lessa é sócio.

Peças apreendidas eram quebra-chamas. Acessório diminui o clarão ao disparar a arma, dificultando sua detecção. O uso da peça é controlado pelo Exército.

Pena para crime é de cinco anos de prisão. Lessa está preso desde março de 2019, acusado de matar a ex-vereadora do Rio Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. A ex-mulher dele, Elaine, foi absolvida.

Quem mandou matar Marielle?

O policial militar reformado Ronnie Lessa é acusado de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes a tiros em 2018. Ainda não se sabe por que e quem mandou matar Marielle. A força-tarefa do Ministério Público tenta desvendar quem foi o mandante do crime.

A ficha criminal do sargento aposentado inclui investigações por suspeitas de ligação com o jogo do bicho e sofreu um atentado a bomba ao sair do batalhão. O crime, que levou o policial a perder uma das pernas, teria sido um acerto de contas entre bicheiros do Rio. Segundo a Polícia Civil, a investigação sobre o atentado está arquivada desde 2013.

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