Idoso é operado após briga judicial; tumor gigante foi quase todo removido

José Nilton Cardozo, 65, retirou o tumor gigante que ocupava quase metade de seu rosto no sábado (12). O idoso lutava pela cirurgia há cinco meses, quando a massa começou a crescer sem controle.

Segundo Monick, filha do marceneiro, a operação correu "melhor do que o previsto". Os médicos da Policlínica, hospital parceiro da Liga Contra o Câncer do Rio Grande do Norte, conseguiram retirar boa parte do tumor que atrapalhava José, deixando apenas uma pequena porção em uma "região delicada por trás da artéria carótida", na região do pescoço.

"A massa do tumor estava gelatinosa e a retirada foi mais tranquila [que o esperado]", explicou a filha do paciente.

José deixou ontem a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e deve ter alta ainda hoje, de acordo com Monick. Ele teve que esperar por alguns meses por uma embolização, que interrompe o fluxo de sangue para o tumor — obrigatório antes da cirurgia, o procedimento exige um material que estava em falta no Rio Grande do Norte.

Após uma luta na Justiça para acelerar a compra do material, o marceneiro conseguiu fazer o procedimento no Hospital Universitário Onofre Lopes, na quinta-feira (10). Logo em seguida, ele foi transferido para a Policlínica, onde fez a cirurgia de retirada do tumor.

Relembre o caso

José Cardozo, de 65 anos, foi diagnosticado com um tumor em 2016.

Mesmo com tratamento, a massa acabou tomando parte de seu rosto, multiplicando de tamanho nos últimos cinco meses.

Um dos médicos que atendeu José afirmou que ele precisaria passar por uma embolização antes de remover a massa.

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Ele recomendou que a família entrasse na Justiça para conseguir o material para o procedimento, escasso no Rio Grande do Norte.

Filha do idoso, a advogada Mirnari Cardozo entrou com uma ação, mas conseguiu apenas o valor do material: R$ 60 mil.

O tumor de José era benigno, mas causou dores que obrigaram o marceneiro a parar de trabalhar, tomando 18 doses de morfina ao dia.

Errata:

o conteúdo foi alterado

  • A matéria citou a artéria aorta, quando o mais correto seria dizer carótida. O conteúdo foi alterado.

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