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Russomanno deixa debate defendendo acusador de Boulos: "Ele foi ao local"

Wanderley Preite Sobrinho

Do UOL, em São Paulo

11/11/2020 12h24

Principal polêmica no debate de hoje promovido pelo UOL e Folha de S.Paulo, a acusação do candidato a prefeito de São Paulo Celso Russomanno (Republicanos) de que o rival Guilherme Boulos (PSOL) pagou R$ 520 mil a "produtoras fantasmas" foi reafirmada ao final do debate, apesar das evidências de que o acusador já foi preso por divulgar fake news.

A acusação foi feita por Oswaldo Eustáquio, preso pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por espalhar notícias falsas. A denúncia foi publicada durante o debate, pegando Boulos de surpresa.

Questionado sobre o perfil do acusador, Russomanno disse que Eustáquio "foi ao local e não existia empresa".

"É grave. Se o dinheiro é público, se veio do Fundo Eleitoral ou Fundo Partidário, é crime", voltou a acusar.

A prisão de Eustáquio

Eustáquio é militante bolsonarista e foi preso pela Polícia Federal em 26 de junho. A PF alegou que o blogueiro estava utilizando táticas para não ser localizado e o prendeu para amenizar o risco de fuga.

Ele é investigado na Operação Lume, inquérito que apura financiamento, apoio e organização de atos antidemocráticos que defendem o retorno da Ditadura Militar e o fechamento do Congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal).

O blogueiro já apareceu em lives com o ex-deputado condenado no processo do "mensalão" Roberto Jefferson, quando o líder do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) defendeu que haveria uma tentativa de golpe contra Jair Bolsonaro (sem partido). Ele também foi assessor da ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, durante o governo de transição.