Marido de Michele Bachmann, pré-candidata à presidência dos EUA, tenta "curar" gays, diz revista
A revista americana "The Nation" revelou que o marido de Michele Bachman, pré-candidata republicana para disputar presidência dos EUA na eleição de 2012 contra Barack Obama, é dono de uma clínica para curar gays.
Segundo uma reportagem publicada no último dia 8, Marcus Bachmann, PhD em psicologia clínica e dono de dois centros cristãos de aconselhamentos em Minnesota, seria o dono da clínica Lake Elmo, no mesmo Estado, onde é praticada a terapia anti-gay.
Andrew Ramirez, ex-paciente da clícnia, disse à revista que foi levado pela família ao local em 2004, logo depois de revelar que era gay.
"Ele [o terapeuta] basicamente me disse que ser gau era algo inaceitável para Deus", disse Ramirez. Segundo ele, o terapeuta da clínia ainda tentou "curá-lo", pedindo que ele lesse a Bíblia e rezasse, e chegou dizer que poderia marcar uma conversa com uma ex-lésbica para ver como funcionava o tratamento.
Após duas visitas, Ramirez não retornou mais ao centro. "Não sentia que era algo que eu queria ou poderia mudar. Eu estava bem com quem eu era", disse ele.
A notícia não causou surpresa, já que boatos sobre o assunto já eram frequentes. Ainda segundo a revista, a clínica de Marcus teria recebido incentivos de US$ 161 mil de recursos estaduais e federais.
O marido de Michele nega que sua clínica preste este tipo de serviço, assim como nega qualquer afirmação contra os gays.
Na semana passada, várias frases atribuídas a ele circularam em blogs e sites americanos. Em uma delas, ele classifica os gays de "barbários" e diz que "eles precisam ser educados". Ele nega ter feito qualquer declaração similar.
No entanto, as negativas de Marcus parecem insustentáveis segundo a revista, já que um integrante do grupo "Truth Wins Out", que defende os direitos dos gays, John Becker, filmou uma consulta com um dos terapeutas.
Em um dos vídeos, um terapeuta diz a Becker que "Deus nos criou todos para a heterossexualidade" e argumenta se ele não teve experiências traumáticas que o levaram a ser gay. Além disso, o terapeuta aconselha o ativista a procurar um amigo que seja um "modelo heterossexual" para que ele possa exercer sua masculinidade.
De acordo com a revista, tanto o escritório do casal, o Baschmann & Associates, quanto a assessoria da campanha de Michele não quiseram comentar o caso.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.