Como no RS, enchentes na Argentina e no Uruguai deixam milhares sem abrigo

O Brasil não é o único país passando por dificuldades provocadas por inundações nos últimos dias. Tanto na Argentina quanto no Uruguai, mais precisamente em cidades próximas às fronteiras, fortes chuvas e a cheia de rios colocam a população em risco e obrigam famílias inteiras a abandonarem a própria casa.

Enchentes no Uruguai

De acordo com uma estimativa feita recente pelo Sistema Nacional de Emergências (Sinae), 522 pessoas foram direcionadas a abrigos pelo poder público e 2.830 partiram para a casa de parentes ou amigos por conta própria.

Até o momento, Paysandú, Durazno, Salto, Artigas, Rocha, Soriano, Cerro Largo, Treinta y Tres e Tacuarembó são, respectivamente, as regiões mais afetadas pela vazão do Rio Uruguai, que nasce na Serra Geral, na divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Para ter uma noção, o nível da água chegou a 8,86 metros, acima do nível de segurança (cerca de 6,50 metros).

Enchentes na Argentina

Em áreas ribeirinhas como Entre Ríos e Corrientes, as autoridades argentinas calculam pelo menos 540 desalojados entre 159 famílias. Diante desses números, ao programa Modo Fontevecchia, Francisco Azcué, prefeito de Concórdia, garantiu que, embora a situação seja realmente muito difícil, a região conta com "capacidade técnica e recursos humanos" para administrar esse cenário.

Devido à produção agropecuária local, o Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria (Inta) também chama atenção para o provável prejuízo econômico.

"A cheia repentina dos rios Uruguai e Paraná tem afetado principalmente pequenos e médios produtores", diz Diego Bendersky, especialista em produção animal do INTA Mercedes, em uma publicação feita no portal do Inta. Além do estrago em plantações, ele destaca a importância de imunizar e vermifugar o gado, que pode acabar contaminado pelo consumo de plantas tóxicas, por exemplo.

6 comentários

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Pedro Martins

O que o ex ministro passador de de boiada, lobista de garimpeiros e madeireiras tem a dizer? 

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Rogerio Palma

Dó daqueles q querem fazer política diante desse infortúnio todo… Amigo vai rezar um pouco ou vai ajudar esse gente vai 

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Antonio Beethoven Cunha de Melo

SEMPRE É PRECISO LEMBRAR. Especialistas e cientistas do clima tinha advertido de que, com a queima de 40% do Pantanal em 2020, surgiria uma parede de ar quente na atmosfera que impediria a passagem das frentes frias vindas do cone sul. O que geraria secas no Centro Oeste do Brasil e muitas chuvas nos Estados do Sul, Norte da Argentina, Uruguai e Paraguai, com grandes desastres climáticos. O AGRO É POPO MAS MATA QUANDO DESMATA. O negacionismo bolsonarista flexibilizou e/ou revogou cerca de 1 normas de proteção ambiental; Só no Rio Grande do Sul foram mais de 250 normas por pelo governador Eduardo Leite (candidato à presidência da república em 2026, mas q não se elegerá nem para o grêmio recreativo do chimarrão). A imprensa corporativa, financiada pelo agronegócio, tergiversa e não denuncia os responsáveis, UMA DEMOCRACIA CORROMPIDA PELO CAPITAL NÃO É DEMOCRACIA É SIMULACRO DE DEMOCRACIA.  

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