Topo

Com ato na Casa Rosada, Cristina Kirchner retoma atividades políticas após operação

Do UOL*, em São Paulo

25/01/2012 06h00

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, retoma suas atividades nesta quarta-feira (25) após ficar 20 dias afastada da vida política por conta de uma operação, realizada no último dia 4, para retirar um tumor na tireóide. O vice-presidente, Amado Boudou, substituiu a governante nesse período.

Cristina Kirchner voltou ontem a Buenos Aires, depois de passar o último fim de semana no balneário de Chapadmalal -- próximo à cidade de Mar del Plata -- com os dois filhos, Máximo e Florencia. Ela pretende retornar ao trabalho com “todas as forças”, afirmou Boudou em um discurso, embora os médicos tenham recomendado moderação nos primeiros dias.

Está previsto para a tarde desta quarta um ato na Casa Rosada, sede do governo argentino. Será a primeira aparição pública da presidente depois da operação. Em seu discurso, Cristina Kirchner deve mencionar seu estado de saúde, o trabalho de Boudou e aumento da tensão com o Reino Unido por conta do conflito com as ilhas Malvinas – governantes dos dois países trocaram farpas nos últimos dias sobre o território, disputado pelas duas nações.

Boudou, no período em que esteve como presidente em exercício, tomou algumas medidas polêmicas, como reajuste de tarifas públicas e impostos, todas com o aval da chefe do governo.

Especula-se que a presidente abandonará os trajes de luto a partir de hoje – desde a morte de seu marido, Néstor Kirchner, em 27 de outubro de 2010, ela só usa roupas pretas. A informação, porém, não foi confirmada pelo governo.

No último dia 27 de dezembro, o governo argentino informou que Cristina estava com um câncer na tireóide e seria submetida a uma cirurgia no dia 4 deste mês. A operação foi realizada em um hospital nos arredores de Buenos Aires, mas, três dias depois da intervenção, outro boletim médico revelou que a glândula extraída apresentava um tumor benigno, e não maligno como havia sido diagnosticado inicialmente.

(Com informações da Agência Brasil e dos jornais Clarín e La Nación)