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Quase um ano após tsunami, monge japonês ainda tenta "limpar" radiação em Fukushima

Do UOL, em São Paulo

10/02/2012 08h42

No ano passado, após o tsunami que afetou a usina nuclear de Fukushima, no Japão, o monge Koyu Abe distribui girassóis e outras plantas, como o amaranto, aos moradores da região na tentativa de reduzir o impacto da radiação, chamada por ele de "inimiga invisível". 

Agora, quase um ano após a tragédia, Abe continua a sua luta para tentar reduzir os danos à saúde dos moradores com workshops e um trabalho de limpeza constante, para tentar eliminar a radiação do ambiente.

"O estrago aqui em Fukushima é diferente da destruição causada pelo tsunami", Abe diz. "Você não pode vê-lo. Nada parece ter mudado, mas, de fato, a radiação está se espalhando pela área. É difícil para aqueles afetados pelo tsunami, mas é difícil viver aqui também", completa.

Em janeiro deste ano, Wolfgang Weiss, do Comitê Científico da Organização das Nações Unidas para os efeitos da Radiação Atômica (Unscear), disse que o impacto causado à saude da população pelo desastre do reator nuclear de Fukushima parece  relativamente pequeno graças, em parte, à retirada imediata dos moradores do entorno, e também ao fato de que a radiação se espalhou sobre o oceano em vez de atingir áreas povoadas.

No entanto, o real impacto desse acidente na região só será conhecido em maio deste ano, quando um relatório preliminar sobre os efeitos da radiação de Fukushima será apresentado na reunião anual da Unscear e depois, em 2013, quando um documento final será exposto na Assembleia-Geral da ONU. (Com Reuters)