Jornalista francesa ferida em ataque na Síria pede ajuda para ser retirada do país
Um vídeo divulgado na internet nesta qunita-feira mostra a jornalistra francesa Edith Bouvier pedindo ajuda para deixar a Síria.
Segundo a BBC, no vídeo publicado pelos opositores do regime do presidente sírio Bashar al-Assad, Edith pede ajuda para ser levada a um hospital no Líbano, após ter sido gravemente ferida no mesmo ataque que matou dois jornalistas estrangeiros em Homs, nesta quarta-feira. A jornalista estaria com um sangramento no fêmur.
Edith pede ajuda para ser levada a um hospital no Líbano; veja
"Ela corre risco de morte caso não receba atendimento médico", disse À Reuters um dos integrantes do grupo Avaaz, que trabalha com jornalistas e ativistas na Síria.
"Nós estamos tentando desesperadamente tirá-la do país, fazendo o que podemos em uma situação extrema", completou ele sem ser identificado.
O bombardeio aconteceu no um prédio que concentrava o centro de imprensa na cidade, no bairro de Baba Amr, matou ontem a jornalista britânica Marie Colvin, 55, e o fotógrafo francês Remi Ochlik, 28.
Nos últimos dias cresce a pressão contra Assad para que ele permita a entrada de ajuda humanitária no país.
Nesta quinta-feira, pelo menos 23 pessoas morreram a em diferentes ataques das forças do regime de Assad, enquanto 17 corpos, supostamente de soldados desertores, foram encontrados em uma prisão de Idlib (norte), segundo um grupo opositor.
Os Comitês de Coordenação Local (CCL) informaram que a ofensiva mais sangrenta aconteceu na província central de Hama, onde morreram dez pessoas, entre elas seis membros de uma mesma família.Além disso, as tropas do regime tentaram entrar em Rastan, o que suscitou violentos enfrentamentos com soldados desertores.
Sobre os corpos encontrados na prisão de Jabal al Zauya, em Idlib, os CCL afirmaram que ainda não puderam ser identificados, mas os moradores da região dizem a que a maioria são soldados desertores.
Estes fatos coincidem com o ataque lançado pelo rebelde Exército Livre Sírio (ELS) contra um centro das forças de segurança sírias e dos "shabiha" (pistoleiros do regime), situado a dois quilômetros da fronteira com a Turquia.
Segundo disse à Agência Efe o "número dois" do ELS, Malek al-Kurdi, o ataque causou 35 vítimas, entre mortos e feridos.
Os opositores sírios calculam que mais de 8.500 pessoas morreram pela repressão governamental desde o início dos protestos na Síria em março, enquanto o regime culpa supostos grupos terroristas da responsabilidade pela violência. (Com Reuters)
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