Explosão no centro da capital do Quênia deixa dezenas de feridos

Pelo menos 30 pessoas ficaram feridas nesta segunda-feira em uma explosão no distrito comercial de Nairóbi, capital do Quênia. A causa da explosão ainda está sendo investigada pela polícia. 

Segundo a AFP, Um site vinculado aos islamistas Al Shabab afirma que a explosão matou cinco pessoas, mas não reivindica a responsabilidade. As mortes ainda não foram confirmadas pelas autoridades quenianas.

A explosão aconteceu na avenida Moi (homenagem ao ex-presidente queniano Daniel Arap Moi), em pleno centro da capital.

A principal suspeita da polícia é de que a explosão tenha sido provocada por um problema elétrico, mas uma das feridas informou à Associated Press que viu um homem suspeito carregando uma bolsa pouco antes da explosão.

Irene Wachira disse à Associated Press que viu um homem se aproximar de uma loja três vezes e agir como se quisesse comprar algo. Da terceira vez, segundo a testemunha, ele voltou com uma sacola e a deixou no local. Pouco tempo depois a explosão aconteceu.

Ela descreveu o homem como sendo de origem árabe. Embora a polícia ainda não trabalhe com a hipótese de terrorismo, o primeiro ministro queniano Raila Odinga não vê outra explicação.

“Isso foi um ato hediondo”, disse o premiê, durante uma visita ao local da explosão. “Eles querem nos assustar, mas não vão conseguir”, completou, sugerindo que o incidente tenha sido provocado por grupos terroristas.

Segundo um porta-voz do Hospital Nacional de Kenyatta, para onde as vítimas foram levadas, pelo menos 28 pessoas feridas deram entrada no local, incluindo quatro pessoas com queimaduras graves, fraturas e partes do corpo dilaceradas.

Desde outubro de 2011, o Quênia vem sendo palco de diversos ataques a bomba do grupo fundamentalista islâmico somali Al Shabab, desde que seu Exército entrou na Somália no mês de outubro, em resposta aos sucessivos sequestros registrados em regiões próximas às fronteiras com o país.

Nos últimos meses foram registrados vários atentados de pequena escala na capital queniana, mas menores que o sofrido pela Embaixada dos EUA em Nairóbi em 1998, obra da rede terrorista Al Qaeda e que matou mais de 200 pessoas. (Com AFP,, Reuters e Associated Press)