Mortos em terremotos do Irã já chegam a 180, dizem autoridades; há 1.300 feridos

Dois terremotos registrados no final da tarde deste sábado (11) no Irã (de manhã no Brasil) deixaram, até o momento, pelo menos 180 mortos e 1.300 feridos, segundo autoridades do país. Os tremores foram sentidos nos distritos de Haris, Varzagam, Ahar e Mehraban. O maior deles foi de magnitude 6,2.

Segundo o Centro Sismológico do Irã, o primeiro tremor aconteceu às 9h23 (de Brasília) e sacudiu a cidade de Ahar, enquanto o segundo, ocorrido 11 minutos depois, foi sentido pela população de Varzagan, na província do Azerbaijão Oriental.

Em Varzagan, um gasoduto explodiu devido aos terremotos, segundo a "Isna", mas ainda não se sabe se houve vítimas. Além do gás, cujo provisão foi suspensa em 70 povoados da área, também foram cortadas boa parte das linhas elétricas e das comunicações telefônicas por cabo.

As autoridades locais indicaram que foram enviados equipes e material de resgate à área dos abalos sísmicos, a 60 quilômetros a nordeste da cidade de Tabriz, capital da província iraniana do Azerbaijão Oriental, na fronteira com o Azerbaijão e a Armênia.

A estrada que liga Tabriz a Varzagan foi danificada e teve o tráfego cortado, e as equipes de resgate tiveram que utilizar caminhos alternativos. Pelo menos quatro povoados da região estão incomunicáveis devido aos tremores.

As equipes de resgate contam com cachorros treinados na localização de pessoas que possam estar soterradas e, segundo a "Isna", os socorristas já retiraram dos escombros mais de 200 pessoas ainda vivas.

Antecedentes

O Irã está localizado sobre falhas sísmicas grandes e já foi atingido por vários terremotos. O mais mortal das últimas décadas aconteceu em 1990, no noroeste do país, com pelo menos 37 mil mortos e mais de 100 mil feridos.

Em 2003, um novo tremor ocorreu em Bam, cidade ao sul do país, causando a morte de 31 mil pessoas e deixando mais de 50 mil feridas. (*com Agências)