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Enviado das Nações Unidas vai à Rússia discutir violação de cessar-fogo na Síria

Prédio danificado pelos ataques das forças leais ao presidente Bashar al-Assad, próximo de Damasco - Maawia Al-Naser/Shaam News Network/Handou/Reuters
Prédio danificado pelos ataques das forças leais ao presidente Bashar al-Assad, próximo de Damasco Imagem: Maawia Al-Naser/Shaam News Network/Handou/Reuters

Renata Giraldi

Da Agência Brasil, em Brasília

29/10/2012 08h37

O enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria, Lakhdar Brahimi, está em Moscou, na Rússia, para analisar a crise na Síria, que está prestes a completar 20 meses e matou mais de 33 mil pessoas.

Brahimi discute a violação ao cessar-fogo, negociado com o governo e a oposição. Os governos da Rússia, da China e do Irã são os principais aliados do presidente sírio, Bashar al-Assad.

A ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) informou que aviões do Exército bombardearam Damasco nesta segunda-feira (29), no terceiro dia após a declaração da trégua, nos bairros de Zamalka, Irbin e Harasta.

Segundo a ONG, mais de cem pessoas morreram no sábado (27).

Brahimi se reunirá com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. Em diálogos anteriores, o chanceler pediu a Brahimi que tentasse negociar com a oposição síria a renúncia à luta armada e a busca de um acordo com Assad. O porta-voz do ministério, Alexander Lukashevich, informou que ambos discutirão "medidas práticas para a resolução do conflito na Síria".

Para o governo russo, o plano de resolução do conflito deve ser baseado em cessar-fogo permanente para permitir a criação de um governo de transição, que inclua membros do governo e da oposição armada.

As autoridades da Rússia criticaram alguns governos do Ocidente por não pressionar o Conselho de Segurança das Nações Unidas pela explosão de um carro-bomba pela oposição síria. Os russos acusam integrantes do Ocidente de estimular os confrontos na região. (Com informações da agência pública de notícias da Argentina, Telam)