Senadores que provocaram polêmica ao comentar aborto são derrotados nos EUA
Os dois candidatos republicanos que provocaram polêmica ao fazer fortes declarações pró-vida durante as eleições americanas foram derrotados em suas tentativas de chegar ao Senado dos Estados Unidos.
Richard Mourdoch, que concorria ao Senado pelo Estado de Indiana, perdeu para o democrata Joe Donelly por 45% a 48% dos votos, segundo placar da AP.
Todd Akin, que concorria por Missouri, recebeu, até agora, 42% dos votos contra os 51% que a rival democrata Claire McCaskill levou.
Mourdoch é o candidato que provocou polêmica no final da campanha ao dizer durante um debate televisionado que era contra o aborto em caso de gravidez por estupro ou incesto.
"Mesmo quando a vida começa em uma situação horrível como o estupro, isto é algo que Deus quis que acontecesse", afirmou ele. "A única exceção que eu tenho para fazer um aborto é em caso de risco da vida da mãe", completou. Mourdoch recebeu apoio declarado do candidato republicano à Presidência, Mitt Romney.
Romney manteve-se ao lado do colega de partido, que é o tesoureiro do Estado e era o favorito do movimento conservador Tea Party, mesmo depois das declarações.
O ultraconservador Todd Akin disse em agosto que que o corpo das mulheres tem maneiras de se prevenir contra a gravidez em casos que ele chamou de "estupro legítimo". O candidato republicano havia causado consternação ao declarar: "Pelo que eu ouço da boca dos médicos, a gravidez após um estupro é muito rara (...). Se for um verdadeiro estupro, o corpo da mulher tenta por todos os meios bloquear tudo isso".
Desde então, o Missouri se tornou o epicentro de uma batalha nacional pelo voto das mulheres. Akin, que liderava com folga a disputa, degringolou logo depois da polêmica.
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