NSA consegue quebrar criptografia usada na internet, dizem jornais
A Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) desenvolveu secretamente a habilidade de quebrar ou contornar a criptografia na internet usada para proteger desde e-mails até transações financeiras, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (5), a partir de documentos vazados por Edward Snowden, o ex-agente que revelou como funciona o esquema de espionagem praticada pelos Estados Unidos.
Os jornais “The Guardian” e “The New York Times”, e a organização sem fins lucrativos “ProPublica” informaram, em parceria, que tanto a NSA quanto o GCHQ (serviço de inteligência britânico) conseguiram quebrar a segurança que protege a privacidade de milhões de internautas.
Os documentos mostram que as inteligências norte-americana e britânica usaram vários métodos, incluindo medidas secretas para assegurar o controle da NSA sobre o estabelecimento de padrões internacionais de criptografia, o uso de supercomputadores para quebrar os códigos “com brutalidade” e a colaboração de empresas de tecnologia e provedores de internet.
Por meio desses métodos, as agências inseriram vulnerabilidades secretas, conhecidas como “porta dos fundos”, em programas comerciais de criptografia.
Documentos citados pelas publicações indicam que a NSA gasta mais de US$ 250 milhões por ano em um projeto conhecido como “Sigint”, que usa empresas norte-americanas e estrangeiras de tecnologia de informação para influenciar ou alavancar projetos de seus produtos, tornando-os exploráveis.
As reportagens não deixaram claro com que frequência as empresas concordaram voluntariamente em permitir o acesso encoberto aos seus produtos nem com que frequência a NSA as convenceu a fazer isso por meio de ordens judiciais secretas.
O “New York Times” e a “ProPublica” disseram que oficiais do serviço de inteligência pediram a eles que não publicassem o que tinham descoberto, alegando que os alvos estrangeiros de espionagem poderiam passar a usar novas formas de criptografia ou de comunicações.
Por conta disso, algumas informações foram removidas, segundo o “NYT”.
A ação teria sido iniciada após o abandono, nos anos 1990, de uma tentativa dos EUA de forçar uma “porta dos fundos” nos programas ou equipamentos, para acesso sem que o usuário perceba. (Com agências internacionais)
Grampos nos EUA
O programa | O Prism é um programa de inteligência secreta americana que daria ao governo acesso aos dados de usuários de serviços de grandes empresas de tecnologia | |
Quais dados? | Não se sabe exatamente, mas qualquer informação poderia ser consultada. O jornal 'Washington Post' cita e-mail, chat, fotos, vídeos e detalhes das redes sociais | |
Quem sabia? | Segundo Obama, o programa foi aprovado pelo Congresso e é fiscalizado pelo Poder Judiciário no país. Todas as empresas negaram participação | |
Funcionamento | De acordo com fontes do jornal britânico 'The Guardian', o governo poderia ter acesso aos dados sem o consentimento das empresas, mas, como eles são criptografados, precisaria de chaves que só as companhias possuem | |
Empresas possivelmente envolvidas | Microsoft, Google, Facebook, Yahoo, Apple, Paltalk, Skype, Youtube, AOL |
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