Decreto de Trump cita Brasil como país que cria barreiras
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Ao explicar ao mundo sua decisão de colocar tarifas sobre dezenas de países, o governo de Donald Trump destacou em diversos momentos o Brasil como um exemplo de um "tratamento injusto" contra os bens americanos.
Em um dos trechos da Ordem Executiva assinada pelo presidente, a Casa Branca afirma que "o Brasil (18%) e a Indonésia (30%) impõem uma tarifa mais alta sobre o etanol do que os Estados Unidos (2,5%)". O tema, de fato, havia sido parte da agenda bilateral de negociações entre os dois países. O Brasil aceitou ceder, desde que os americanos abrissem o mercado para o açúcar nacional, o que não ocorreu.
Outro trecho do documento diz que "os Estados Unidos têm uma das menores tarifas médias simples de nação mais favorecida (MFN) do mundo, de 3,3%, enquanto muitos de nossos principais parceiros comerciais, como o Brasil (11,2%), a China (7,5%), a União Europeia (5%), a Índia (17%) e o Vietnã (9,4%), têm tarifas médias simples significativamente mais altas".
O documento ignora que, dos dez produtos mais vendidos pelos americanos ao Brasil, oito entram sem tarifas. Tampouco há referência ao fato de os EUA terem somado um superávit comercial bilionário com o Brasil nos últimos anos.
Para completar, as barreiras brasileiras também foram criticadas.
"Alguns países, como Argentina, Brasil, Equador e Vietnã, restringem ou proíbem a importação de produtos remanufaturados, restringindo o acesso ao mercado para os exportadores dos EUA e, ao mesmo tempo, sufocando os esforços para promover a sustentabilidade ao desestimular o comércio de produtos novos e eficientes em termos de recursos", diz.
"Se essas barreiras fossem removidas, estima-se que as exportações dos EUA aumentariam em pelo menos US$ 18 bilhões por ano", afirmou.
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Dagmar Maria Leopoldi Zibas
Quem usou o boné MAGA vai agora explicar seu apoio ao imperador laranja?