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Explosões em frente à embaixada do Irã no Líbano deixam pelo menos 23 mortos

Do UOL, em São Paulo

19/11/2013 07h49Atualizada em 19/11/2013 10h03

Pelo menos 23 pessoas morreram e 146 ficaram feridas após a explosão de duas bombas na manhã desta terça-feira (19) em frente da embaixada do Irã em Beirute, no Líbano. A confirmação do número de vítimas foi dada pelo ministro libanês da Saúde, Ali Hassan Kahli.

Entre os mortos, está o adido cultural da embaixada, Ebrahim Ansari, segundo informação do embaixador iraniano no Líbano.

Um grupo jihadista ligado à rede extremista da al-Qaeda reivindicou a autoria do atentado.

"Trata-se de um duplo ataque em que dois dos nossos heróis, sunitas do Líbano, morreram em martírio", escreveu em seu Twitter Sirajeddine Zreikat, um líder das Brigadas Abdullah Azzam, cujo nome é uma homenagem ao fundador da al-Qaeda.

O atentado ocorreu pouco antes das 10h (6h pelo horário de Brasília) no bairro de Bir Hasan, considerado uma zona luxuosa ao sul de Beirute.

As imagens do local exibidas pelo canal Al-Mayadeen mostravam pessoas em pânico, carros incendiados, corpos queimados e um edifício em chamas.

Segundo a agência estatal de notícias libanesa National News Agency uma das explosões foi causada por um suicida. A outra teria sido detonada por um carro-bomba.

Um guarda armado da embaixada iraniana disse à Associated Press que o suicida estava em uma motocicleta e explodiu em frente ao portão principal do prédio. No entanto, foi a segunda explosão que causou mais danos.

O Líbano vem sofrendo com vários ataques no últimos meses principalmente contra redutos xiitas ligados ao Hizbollah.

A maioria dos atentados são causados por rebeldes sírios em retaliação ao apoio que o Hizbollah dá às forças do presidente Bashar al-Assad na vizinha Síria.

No último dia 15 de agosto, a explosão de um carro-bomba em um reduto xiita ao sul de Beirute matou 27 pessoas e feriu mais de 300.

O Irã também tem sido um dos mais fortes apoiadores de Assad, fornecendo dinheiro e armas às forças governistas do país. (Com AP e AFP)