Vice dos EUA pede a premiê que Rússia retire tropas da Crimeia
O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou por telefone com o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, nesta segunda-feira (3), e pediu a Moscou que retire suas forças da Crimeia. A informação foi divulgada pela Casa Branca.
Funcionários americanos de alto escalão disseram que o telefonema foi feito depois de Medvedev ter conversado, no último fim de semana, com o premiê ucraniano, Arseni Yatsenyuk.
"O vice-presidente pediu à Rússia que retire suas forças, apoie o envio imediato de observadores internacionais à Ucrânia e comece um diálogo político substantivo com o governo ucraniano", destacou a Casa Branca.
O telefonema desta segunda-feira foi feito no momento em que Washington considera suas opções para responder à incursão da Rússia na Ucrânia e após uma tensa conversa por telefone de 90 minutos entre o presidente americano, Barack Obama, e o presidente russo, Vladimir Putin, no último sábado (1).
O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Jen Psaki, afirmou hoje que os Estados Unidos estão estudando sanções contra a Rússia. "Não somente estamos considerando sanções, como é provável que as apliquemos", disse.
Ele declarou que, se o ultimato de Moscou a Ucrânia for real, esta seria uma "perigosa escalada da situação pela qual consideraremos a Rússia diretamente responsável".
União Europeia
A União Europeia (UE), por sua vez, advertiu que uma eventual incursão militar na Ucrânia terá consequências nas relações bilaterais entre Moscou e o bloco. Autoridades do bloco ainda criticaram a violação a soberania ucraniana e a ausência de passos concretos por parte da Rússia para estabilizar a situação no país vizinho.
Além disso, a UE confirmou que os países europeus do G8 decidiram "suspender momentaneamente" sua participação na próxima reunião do grupo em Sóchi, na Rússia.
A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, se encontrará amanhã com o chanceler russo, Sergei Lavrov, para debater a situação. Na quarta-feira, ela viaja para Kiev, capital ucraniana.
Nos últimos dias, a Rússia começou a enviar militares para a região da Crimeia. Embora tenha maioria étnica russa, esta é uma região autônoma pertencente à Ucrânia. Acredita-se que haja entre 6 mil e 28 mil militares russos na Crimeia neste momento. (Com agências internacionais)
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