Naufrágio deixa quase 300 desaparecidos e 4 mortos na Coreia do Sul
Ao menos quatro pessoas morreram e 284 estão desaparecidas após a balsa em que estavam afundar nesta quarta-feira (16) na Coreia do Sul. Até agora, do total de 462 passageiros a bordo, 174 foram resgatados em uma megaoperação da Guarda Costeira envolvendo dezenas de barcos e helicópteros, de acordo com informações da agência de notícias Yonhap, da Coreia do Sul.
A maioria dos passageiros fazia parte de um grupo de estudantes do ensino médio --325 adolescentes de Ansan (cerca de 35 km de Seul)-- que estava em uma excursão escolar para a Ilha de Jeju, um destino turístico no país.
Segundo oficiais da Guarda Costeira, uma mulher de 27 anos, Park Ji-Yeong, integrante da tripulação, foi retirada morta da balsa. A segunda vítima, uma estudante, morreu após ser socorrida. As outras duas vítimas confirmadas são do sexo masculino, provavelmente estudantes.
Até as 19h no horário local (7h em Brasília), mergulhadores já tinham conseguido rastrear três compartimentos da embarcação submersa, mas não encontraram corpos. As condições de visibilidade no local são ruins, há fortes correntes marítimas e a temperatura da água é baixa, segundo informações da Marinha.
Há mais de 50 pessoas feridas, e existe o temor de que o número de vítimas aumente, porque muitas pessoas podem ter ficado presas às ferragens da embarcação.
Vítima diz que passageiros foram orientados a ficar em balsa
Com capacidade para 900 pessoas, a balsa Sewol ia de Incheon (cerca de 30 km da capital) para a Ilha de Jeju. A viagem noturna (de terça para quarta-feira) teria duração prevista de 14 horas. A embarcação afundou lentamente, em um ponto a 470 km de Seul, e submergiu oito horas após enviar um pedido de socorro.
De acordo com o Ministério da Segurança e da Administração Pública, por volta de 2h da madrugada (horário de Brasília), cerca de 95% da embarcação já se encontrava sob a superfície.
A empresa dona da embarcação divulgou um pedido de desculpas por meio de seus oficiais.
"Eu gostaria de pedir desculpas aos passageiros, incluindo estudantes e seus pais, e prometer que nossa companhia fará o seu melhor para minimizar perdas de vidas. Nós pedimos desculpas", disse Kim Young-boong, chefe de planejamento e administração da empresa marítima Chunghaejin.
Em 1993, 292 pessoas morreram em um acidente envolvendo uma balsa na Coreia do Sul.
Pancada
Ainda não se sabe a causa do acidente, mas alguns passageiros relataram ter ouvido um grande impacto antes de a balsa virar e afundar. "Nós ouvimos uma grande pancada e o barco parou", contou um passageiro ao canal local de TV YTN. "A balsa começou a virar e tivemos que nos segurar para conseguir ficar sentados", acrescentou.
Outro passageiro disse que a balsa sacudia enquanto tombava e que pessoas caíam umas por cima das outras.
A Guarda Costeira informou que as condições climáticas eram boas no local do naufrágio.
Alguns estudantes relataram ter visto seus colegas pulando na água para se salvar. Muitos deles acabaram resgatados por embarcações comerciais que passavam pelo local.
Uma estudante conversou com jornalistas sul-coreanos por telefone enquanto era resgatada. Ela contou que estava sentindo o barco virar e que tinha recebido a orientação para não se mexer porque poderia ser perigoso. "Não sei muito bem o que está acontecendo, mas fiquei sabendo que meus amigos não conseguiram escapar porque a passagem estava bloqueada pela água".
As vítimas resgatadas estão sendo atendidas na Ilha de Jindo, onde recebem cuidados médicos e cobertores para se aquecer. A temperatura da água no local do acidente é muito baixa, e há grande risco de hipotermia.
Em Ansan, perto de Incheon (de onde a embarcação partiu), dezenas de pais estão aglomerados na escola de ensino médio Danwon, onde estudam os adolescentes que estavam na balsa. (Com agências internacionais)
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