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Putin pede fim de ofensiva ucraniana contra separatistas após 40 morrerem

Do UOL, em São Paulo

27/05/2014 08h35Atualizada em 27/05/2014 10h26

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu nesta terça-feira (27) o fim imediato da operação militar da Ucrânia contra separatistas pró-Rússia no leste do país.

A solicitação foi feita em uma conversa por telefone com o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, e é uma das primeiras manifestações de Putin sobre a Ucrânia desde a eleição do novo presidente ucraniano, Petro Poroshenko, no último domingo.

"Putin ressaltou a necessidade de se colocar um fim imediato à operação militar de castigo nas regiões do sudeste da Ucrânia e de iniciar um diálogo entre as autoridades de Kiev e os representantes regionais", afirmou o serviço de imprensa do governo russo.

De acordo com a agência de notícias Reuters, 40 pessoas morreram no conflito mais recente entre milicianos separatistas e tropas ucranianas, na região de Donetsk, onde os grupos pró-Rússia têm força; ao menos 29 ‘rebeldes’ foram mortos.

O embate ocorreu assim que os separatistas anunciaram a tomada do aeroporto da cidade, ontem, ação que foi rebatida pelo governo ucraniano com ataques aéreos para recuperar o controle no local.

As cidades afetadas pelo movimento separatista na Ucrânia - Arte/UOL - Arte/UOL
As cidades afetadas pelo movimento separatista na Ucrânia
Imagem: Arte/UOL

"Foi dado um ultimato aos terroristas que, de forma ilegal, tinham entrado no aeroporto de Donetsk. Eles foram comunicados que, se não cumprissem as exigências das forças ucranianas, seriam tomadas medidas de força para libertar o aeroporto", disse um porta-voz ucraniano.

Como tais exigências não foram cumpridas, "foi feito um ataque aéreo sobre as posições dos terroristas", declarou Vladislav Selezniov, chefe de imprensa da operação militar.

O prefeito de Donetsk, Alexander Lukyanchenko, disse a repórteres que haviam sido contados 38 corpos dos envolvidos nos combates na área do aeroporto. Não ficou claro quantos eram rebeldes, disse ele, acrescentando que dois civis também morreram.

Vários insurgentes feridos morreram antes de receber atendimento médico pois o caminhão que os transportava foi atingido por uma granada lançada por forças do governo.

O presidente eleito da Ucrânia, Petro Poroshenko, apoiou nesta terça a continuação da ofensiva militar contra os insurgentes, mas ressaltou que ela "deve ser mais efetiva, mais curta e com as unidades melhor aparelhadas". (Com agências internacionais)