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Após 5 anos preso, norte-americano pede respeito e ajuda ao povo cubano

Alan Gross agradeceu ao governo norte-americano pelos esforços em libertá-lo em entrevista coletiva nos EUA - Chip Somodevilla/Getty Images/AFP
Alan Gross agradeceu ao governo norte-americano pelos esforços em libertá-lo em entrevista coletiva nos EUA Imagem: Chip Somodevilla/Getty Images/AFP

Do UOL, em São Paulo

17/12/2014 17h30

O contratista norte-americano Alan Gross, libertado nesta quarta-feira (17) após cinco anos de prisão em Cuba, agradeceu ao governo norte-americano pelos esforços em libertá-lo, e também à sua família pelo apoio neste período.

“É o melhor Hanucá [data religiosa] da minha vida”, comemorou Gross, que é judeu. “Foi crucial para minha sobrevivência saber que eu não tinha sido esquecido”, destacou o norte-americano, sobre os esforços dos Estados Unidos e de sua família para sua libertação.

Ele frisou sua admiração pelo povo cubano, dizendo que ele “não foi responsável” pelo sofrimento a que ele e sua família foram submetidos. “Os cubanos são extremamente gentis e devem ser respeitados. Dói em mim ver como são tratados [miseravelmente] pelos dois governos [norte-americano e de Cuba].”

A animosidade entre os dois países, frisou ele, não vai resolver “nenhum problema”. “Dois errados não fazem a coisa certa. Eu realmente espero que ultrapassemos essas políticas beligerantes”.

Gross, 65, foi detido e preso em 3 de dezembro de 2009 e em 2011 condenado a 15 anos de prisão pelo que o governo cubano descreveu como "ações contra a integridade territorial do Estado".

O governo americano negava essa acusação, afirmando que Gross simplesmente proporcionava acesso "sem censura" à internet para "uma pequena comunidade religiosa" judaica na ilha.

Ele sofre de diabetes e teve suas condições de saúde agravadas com a prisão. Sua libertação teve “motivos humanitários”, frisou Obama, durante discurso em que anunciou a retomada de relações diplomáticas com Cuba