Topo

Com libertação de preso, EUA abrem diálogo para normalizar relação com Cuba

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cumprimenta o presidente cubano, Raúl Castro, durante o funeral de Nelson Mandela, em 2013 - AP/SABC
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cumprimenta o presidente cubano, Raúl Castro, durante o funeral de Nelson Mandela, em 2013 Imagem: AP/SABC

Do UOL, em São Paulo

17/12/2014 14h12

Após a libertação de um preso político em Cuba, os Estados Unidos abriram negociações para restabelecer as relações diplomáticas com o país caribenho, dizem autoridades no governo.

Os presidentes Barack Obama e Raúl Castro anunciaram pronunciamentos em rede nacional, separadamente, para a tarde desta quarta-feira (17).

Segundo a agência "Associated Press", os EUA planejam abrir uma embaixada em Cuba como parte de seus planos para normalizar as relações com o país de Castro.

Os dois países estão rompidos desde 1961, com uma série de embargos econômicos para Cuba.

Segundo um senador americano, Washington flexibilizará as restrições sobre o comércio e as viagens à ilha.

"Abrir a porta para o comércio com Cuba, as viagens e o intercâmbio de ideias levará a mudanças positivas em Cuba, o que nossa política de exclusão não conseguiu produzir em mais de 50 anos", afirmou em um comunicado o senador Richard Durbin, número dois do Senado.

A abertura entre os dois países se tornou possível após a libertação do norte-americano Alan Gross, preso desde 2009, o que era considerado um impasse para as conversas.

Gross, 65, foi detido e preso em 3 de dezembro de 2009 e em 2011 condenado a 15 anos de prisão pelo que o governo cubano descreveu como "ações contra a integridade territorial do Estado".

O governo americano nega essa acusação e mantém que Gross simplesmente proporcionava acesso "sem censura" à internet para "uma pequena comunidade religiosa" judaica na ilha.

Ele sofre de diabetes e teve suas condições de saúde agravadas com a prisão. Obama também libertou cubanos que eram agentes de inteligência presos desde 2001. (Com agências internacionais)