Suspeito por atentado na França já tinha sido fichado por 'radicalização'
O ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, disse que o homem detido na manhã desta sexta-feira (26) por suposto envolvimento com explosões e a decapitação de um corpo em Saint-Quentin-Fallavier, na região de Lyon (cerca de 470 km de Paris), não tem antecedentes criminais, mas já havia sido fichado por radicalização em 2006, segundo informa a rede BFMTV.
O ministro falou a jornalistas em frente à usina de gás onde aconteceu o ataque considerado terrorista, logo após o pronunciamento do presidente François Hollande, que está em Bruxelas (Bélgica).
De acordo com Cazeneuve, outros detalhes estão sendo investigados para que se possa chegar ao perfil exato do homem e se houve participação de mais pessoas. Há mais suspeitos sob custódia da polícia.
O ministro afirmou que o suspeito teria ligações com um movimento salafista (islâmico) e é morador da região de Lyon. Segundo informações da mídia, o detido seria Yassim Salhi, de 35 anos. Ele foi vigiado pelos serviços franceses de inteligência entre 2006 e 2008, mas não houve renovação de sua ficha após este período e não houve registros nem conhecimento de seu envolvimento com atos terroristas.
Pouco antes, o presidente Hollande já tinha confirmado a prisão do suspeito e a possibilidade de um segundo autor do crime.
Hollande, que está em Bruxelas para uma cúpula europeia e voltará em breve a Paris, afirmou que o atentado é de "natureza terrorista, já que foi encontrado um cadáver decapitado com inscrições" no local do crime.
Uma pessoa foi decapitada e ao menos duas ficaram feridas no atentado.
"Segundo os primeiros elementos da investigação, um ou vários indivíduos, a bordo de um veículo, entraram na usina. Então ocorreu uma explosão", informou uma fonte próxima ao caso ouvida pela AFP.
Ao "Le Monde", o prefeito de Isères (departamento onde fica Saint-Quentin-Fallavier), Jean-Paul Bonnetain, disse que “qualquer veículo só poderia entrar na fábrica se tivesse autorização, e todas as medidas de segurança tinham sido tomadas”.
A seção antiterrorista da Promotoria de Paris abriu uma investigação por "assassinato e tentativas de assassinato em grupo organizado e em relação a um ato terrorista".
Também são investigadas acusações de "destruição e degradação através de uma substância explosiva em grupo organizado e em relação a um ato terrorista" e de "associação terrorista para cometer atentados contra as pessoas".
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, ordenou o reforço das medidas de segurança nas zonas sensíveis perto da usina. (Com agências internacionais)
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