Nações anunciam acordo histórico que impede que Irã tenha armas nucleares
A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, anunciou nesta terça-feira (14) que as negociações foram concluídas e que foi alcançado um acordo nuclear para assegurar que o Irã não fabrique armas nucleares.
"Feito. Temos o acordo", indicou a diplomata italiana através da rede social Twitter.
Mogherini confirmou assim o entendimento, após quase dois anos de negociações, que limitará o programa atômico iraniano e impedirá que o país possa produzir armas, ao mesmo tempo que serão levantadas as sanções que estrangulam a economia desse país.
O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, assegurou, por sua vez, que o acordo é "histórico", além de destacar que "limita as capacidades nucleares do Irã" e que "permite que a República Islâmica se reintegre na comunidade internacional".
Além disso, Fabius explicou perante a imprensa que, segundo as condições do acordo, durante dez anos o Irã necessitará de, pelo menos, 12 meses para acumular o material necessário para uma arma nuclear.
Nos cinco seguinte anos, esse período seguirá sendo "importante", disse Fabius.
E após esses 15 anos, assegurou o ministro francês, o Irã será aplicado no chamado "protocolo adicional" do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), que permite inspeções da ONU sem limites e avisos prévios nesse país.
Por outro lado, Fabius explicou que as sanções contra o Irã serão levantadas "passo a passo" e que as partes do acordo seguirão estando sempre "atentas" para que o dinheiro que Teerã obter não acabe financiando atividades terroristas.
Contudo, o francês destacou que a reintegração do Irã na comunidade internacional permitirá às empresas de seu país fazer negócios.
Quanto à resolução do Conselho de Segurança da ONU que deve respaldar este acordo, Fabius antecipou que será aprovada nos "próximos dias" em Nova York.
Sobre o levantamento do embargo de armas convencionais, o chefe da diplomacia francesa disse que o acordo contempla prolongar essa medida durante cinco anos mais.
Finalmente, sobre as inspeções da agência nuclear da ONU perante as possíveis dimensões militares do programa atômico iraniano, Fabius assegurou que o pacto prevê "um processo crível" que permitirá aos inspetores fazer seu trabalho no Irã. (Com agências internacionais)
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