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Fotógrafo chora após flagrar crianças refugiadas assustadas na fronteira com a Macedônia

Georgi Licovski/Efe
Imagem: Georgi Licovski/Efe

Do UOL, em São Paulo

26/08/2015 18h43

Milhares de refugiados tentaram atravessar a fronteira da Macedônia diariamente nos últimos dias, a maioria sírios que fogem da guerra. O fotógrafo Georgi Licovski, um dos que acompanham a crise de imigração vivida pela União Europeia, fez o registro perturbador de duas crianças em desespero, empurradas em meio aos policiais que tentavam conter a entrada de refugiados no país e a multidão desesperada para cruzar a fronteira.

"Pela primeira vez na minha vida vi meus colegas --fotógrafos e jornalistas-- chorando por causa de uma situação", disse Livovski para a revista Time depois de passar uns dias na região. Segundo ele, foi a primeira vez em que chorou durante uma pauta.

21.ago.2015 - Crianças choram assustadas na fronteira da Grécia com a Macedônia - Georgi Licovski/Reprodução/Time - Georgi Licovski/Reprodução/Time
Imagem: Georgi Licovski/Reprodução/Time
Segundo o fotógrafo, muitos bebês, crianças e suas mães estavam na multidão. E muitas famílias foram separadas no desespero de cruzar a fronteira, algumas acabavam até no chão. "Era algo realmente horrível, realmente horrível".

21.ago.2015 - Crianças choram assustadas na fronteira da Grécia com a Macedônia - Georgi Licovski/Efe - Georgi Licovski/Efe
Imagem: Georgi Licovski/Efe
Quando o governo da Macedônia permitiu que alguns migrantes entrassem em seu território, houve grande confusão e a polícia utilizou bombas de efeito moral e cassetetes para tentar detê-los. Milhares aguardavam há dias na fronteira entre Grécia e Macedônia, e conseguiram entrar apenas no sábado. A grande maioria dos refugiados se dirigiam à Sérvia, onde há um acampamento organizado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que os estima em 7.000, na localidade de Miratovac, onde comida e água são distribuídos.

Desde meados de junho, a Macedônia recebeu mais de 42.000 pessoas, incluindo 7.000 crianças e adolescentes, segundo o governo.