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Suspeito de ataques com bombas nos EUA é acusado por uso de arma de destruição em massa

Union County Prosecutor?s Office via AP
Imagem: Union County Prosecutor?s Office via AP

Do UOL, em São Paulo

20/09/2016 20h47Atualizada em 20/09/2016 21h21

O afegão naturalizado americano Ahmad Khan Rahami, de 28 anos, suspeito de estar por trás dos recentes ataques a bomba em Nova York e Nova Jersey, foi acusado formalmente nesta terça-feira (20) pelos crimes de uso de arma de destruição em massa, explosão em local público, destruição de propriedade e uso de dispositivo destrutivo.

Rahami já tinha sido acusado de tentativa de assassinato de policiais e porte ilegal de armas durante o confronto em Linden, Nova Jersey, antes de ser detido. Dois policiais ficaram feridos. Rahami também foi ferido no incidente.

De acordo com as acusações, um diário escrito à mão foi encontrado com Rahami, que elogiou Osama bin Laden, o mentor dos ataques de 11 de setembro de 2001, e acusou o governo norte-americano de abater combatentes islâmicos no Afeganistão, Iraque, Síria e Palestina.

As acusações federais ocorrem após o pai de Rahami afirmar que havia relatado ao FBI preocupações sobre seu filho estar envolvido com militantes há dois anos. A denúncia foi feita por Mohammed Rahami após Ahmad ter sido detido numa briga na qual foi acusado de ferir o próprio irmão com uma faca.

Autoridades disseram que Ahmad foi submetido a controles de segurança adicionais na volta das viagens ao Afeganistão e Paquistão e que ele teria sido aprovado em todas as ocasiões.

Autoridades confirmaram que Mohammed Rahami se encontrou em duas ocasiões com agentes federais. Na primeira, ele teria dito que estava preocupado com o envolvimento de seu filho com pessoas possivelmente ligadas a militantes extremistas, mas duas semanas depois, ele teria alegado que a real preocupação seria a ligação do filho com criminosos.

Mais cedo, autoridades americanas anunciaram que investigam se Rahami teve cúmplices nas bombas do último fim de semana e se ele se radicalizou em viagens ao Afeganistão e ao Paquistão. "A investigação está ativa e em curso, e o caso é investigado como ato de terrorismo", afirmou a procuradora-geral dos EUA, Loretta Lynch.

O DNA de Ahmad e suas digitais foram encontradas no local da explosão em Nova York, e seu rosto aparece em imagens registradas por câmeras de segurança. Os atentados feriram 29 pessoas em Manhattan.

O afegão naturalizado americano foi preso na segunda-feira após um confronto com a polícia. Ferido, ele passou por uma cirurgia. Segundo médicos, seu estado de saúde é estável.

Ahmad foi indiciado por sete acusações, incluindo tentativa de homicídio durante o tiroteio no qual foi capturado. Segundo a imprensa local, uma fiança de 5,2 milhões de dólares foi imposta ao afegão naturalizado americano.

Ahmad nasceu no Afeganistão em 1988 e, com 12 anos, sua família se mudou para os Estados Unidos. Morando em Nova Jersey, ele obteve posteriormente a cidadania americana.

O FBI afirmou que tentou verificar a versão do pai e abriu o que é conhecido como uma avaliação, ou seja, o primeiro passo de uma investigação. Os investigadores, porém, não encontraram evidências, e o inquérito foi encerrado. (Com agências internacionais)

CÂMERA DE SEGURANÇA FLAGRA MOMENTO DA EXPLOSÃO

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