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Colômbia e ELN, 2ª maior guerrilha do país, iniciarão diálogo de paz no Equador

Jaime Saldarriaga/Reuters
Imagem: Jaime Saldarriaga/Reuters

Do UOL, em São Paulo

10/10/2016 21h20Atualizada em 13/10/2016 14h52

O governo da Colômbia e a segunda maior guerrilha desse país, o Exército de Libertação Nacional (ELN), anunciaram nesta segunda-feira em Caracas que iniciarão uma fase pública de diálogos de paz em Quito, no Equador, no próximo dia 27 de outubro.

"Agora que avançamos com o ELN, será completa, será uma paz completa", disse Santos em discurso minutos após o anúncio. Na semana passada, Santos ganhou o Nobel da Paz por seus esforços na busca por um acordo de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Na sede da chancelaria venezuelana, os chefes negociadores do governo e do ELN, Mauricio Rodríguez e Pablo Beltrán, respectivamente, leram um comunicado conjunto no qual destacam como primeiro ponto destas conversas a participação da sociedade.

Antes do anúncio, o ELN entregou nesta segunda-feira um refém civil que estava em seu poder a uma comissão do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na Colômbia. Identificado como Nelson Alarcón, sequestrado há três meses, segundo fontes da Igreja Católica, ele é o terceiro civil libertado pelo ELN nas últimas duas semanas.

O ELN mantém como reféns um número desconhecido de pessoas, entre eles o ex-congressista Odín Sánchez Montes de Oca, que no último mês de abril pediu para ficar em cativeiro no lugar de seu irmão Patrocinio, ex-governador do departamento de Chocó, que estava há quase três anos sob o poder dessa guerrilha e tinha graves problemas de saúde.

Mais cedo, o líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño, conhecido como "Timochenko", respaldou nício da fase pública do processo de paz entreo ELN e o governo. "Conta com nosso respaldo militante e solidário. Muito sucesso nesse processo que hoje iniciam", escreveu "Timochenko" em sua conta no Twitter.

Por sua parte, o chefe negociador das Farc nos diálogos de paz com o governo, Luciano Marín, conhecido como "Ivan Márquez", destacou este acontecimento como uma "grande notícia". "Muito boa notícia para o país o acordo entre o ELN e o governo para começar os diálogos", disse Márquez. (Com Efe e AFP)