Topo

França reforça segurança sob suspeita de que tunisiano passou pelo país

Policiais vigiam mercado de Natal em Tours, na região central da França - Guillaum Souvant -23.dez.2016/AFP
Policiais vigiam mercado de Natal em Tours, na região central da França Imagem: Guillaum Souvant -23.dez.2016/AFP

Do UOL, em São Paulo*

24/12/2016 12h11

Em meio aos rumores de que o tunisiano Anis Amri, suposto autor do atentado de Berlim, passou pela França em sua rota de fuga, as autoridades do país reforçaram o esquema de segurança para o fim de semana de Natal.

Em todo o território francês, ao menos 91.000 integrantes de forças de segurança fazem o patrulhamento, segundo o governo. Ao menos 3.000 deles foram destacados para vigiar o transporte ferroviário, especialmente os trens de alta velocidade e os regionais de Paris.

Segundo o jornal "Le Monde", Amri pode ter passado pelo território francês antes de chegar a Milão, onde foi morto por policiais esta sexta (23). Um bilhete de trem foi encontrado entre os pertences do tunisiano. As autoridades francesas trabalham com as polícias da Alemanha e da Itália para estabelecer o percurso do tunisiano até Milão.

"O ataque de Berlim faz lembrar a todos os prefeitos a necessidade de conduzir novas reavaliações, monitorar todos os mercados de Natal e todas as missas da meia-noite para garantir a segurança de todos", comentou o diretor-geral da polícia francesa, Jean-Marc Falcone.

O risco de um ataque no dia que os cristãos celebram o nascimento de Jesus, o que teria um forte apelo simbólico para os extremistas islâmicos, existe, mesmo que "não haja elementos formais" de uma ameaça específica, acrescentou em entrevista publicada neste sábado no "Journal du Dimanche".

A França foi atingida desde janeiro de 2015 por uma série sem precedentes de ataques terroristas, que mataram 238 pessoas. Este ano, 17 atentados foram frustrados, disse na sexta-feira o ministro do Interior, Bruno Le Roux.

Em Berlim, 12 pessoas morreram depois que um homem --supostamente Amri-- usou um caminhão para avançar sobre pessoas que estavam em um mercado de Natal na segunda (19).

*Com AFP