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Empresa que investe em maconha compra distrito nos EUA e quer inovar em produto

Pequena comunidade dos EUA foi comprada por empresa que investe em maconha - John Locher/AP
Pequena comunidade dos EUA foi comprada por empresa que investe em maconha Imagem: John Locher/AP

Colaboração para o UOL

04/08/2017 11h35

A American Green, empresa norte-americana de venda de maconha, anunciou na última quinta-feira (3) a compra de 32 hectares da pequena comunidade de Nipton, na Califórnia. O objetivo é transformar o distrito em “um destino hospitaleiro, de energia limpa e cannabis-friendly”.

A área inclui praticamente todo o distrito, com um antigo hotel ao estilo Velho Oeste, um parque de trailers e uma cafeteria. Roxanne Lang, dona do local, fala que a venda ainda está sendo fechada, mas confirmou à agência de notícias "AP" que a American Green é a compradora.

Ela não quis revelar o valor da transação, mas a área foi colocada à venda no ano passado por US$ 50 milhões.

A American Green declarou que pretende ampliar a fazenda e criar um novo produto: uma água com infusão de maconha, tirada diretamente do aquífero de Nipton. A empresa também pretende entrar em contato com fabricantes de maconha para ver se eles têm interesse de abrirem negócios na comunidade californiana.

Nipton tem uma população pequena e a maior fonte de renda são os comércios locais. “A revolução de maconha que vem acontecendo nos Estados Unidos tem o poder de revitalizar cidades da mesma forma que o ouro fez no século 19”, declarou David Gwyther, CEO da American Green, via comunicado. “Estamos ansiosos para liderar uma verdadeira Green Rush (Corrida do Verde, em tradução livre)”, concluiu, em referência à Corrida do Ouro [Gold Rush].

De fato, foi o ouro que criou a pequena Nipton, no começo do século passado. Mas Gerald Freeman, marido de Roxanne e geólogo, explica que as condições para a maconha são outras. “Gostaria de deixar claro que [a comunidade] é no meio do nada”, brincou, em entrevista à agência.

Freeman comprou a área de Nipton em 1985 e passou 30 anos cuidando do hotel e da principal loja da comunidade. Com o tempo, a instalação se tornou popular entre os turistas interessados no Velho Oeste.

Carl Cavaness, que trabalha no hotel, contou à "AP" que foi pego de surpresa com a venda da área. Ele diz que espera que os novos donos o deixem ficar com a esposa. “Nós gostamos do silêncio e da paz”, afirmou.