Comunidade internacional condena teste nuclear da Coreia do Norte
A Coreia do Norte afirmou neste domingo que a bomba de hidrogênio que testou hoje com "total sucesso" pode ser instalada em um dos seus mísseis balísticos intercontinentais (ICBM), segundo anunciou a televisão estatal norte-coreana "KCTV".
"O teste foi realizado com uma bomba com um poder sem precedentes", disse a locutora Ri Chun-hee, encarregada de dar as notícias mais importantes para o regime, que acrescentou que o ensaio teve "duas fases" e que não se aconteceu "nenhum vazamento de material radiativo nem impacto adverso no meio ambiente".
O novo teste norte-coreano foi executado por ordem direta do líder Kim Jong-un, segundo a "KCTV", que mostrou fotografias do governante no seu escritório e suas habituais imagens de propaganda sobre anteriores lançamentos de mísseis.
O teste "tinha como objetivo examinar e confirmar a precisão e credibilidade da tecnologia de controle da potência nuclear, bem como do novo modelo e estrutura interna para construir bombas H estáveis em ICBMs", acrescentou a agência estatal KCNA.
Condenação internacional
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que "as palavras e as ações da Coreia do Norte continuam sendo muito hostis e perigosas aos EUA". Ele prega uma postura muito firme em relação ao regime norte-coreano. "A Coreia do Sul está percebendo, como eu disse, que o seu discurso de apaziguamento com a Coreia do Norte não funciona, eles só entendem uma coisa!", escreveu em sua conta no Twitter.
O republicado ressaltou, por fim, que a China teve poucos resultados em seus esforços de convencer Pyongyang de cessar seus programas nuclear e balístico.
"A Coreia do Norte é uma nação desonesta que se tornou uma grande ameaça e uma fonte de constrangimento para a China, que tenta ajudar, mas com pouco sucesso", ressaltou Trump.
A UE (União Europeia) qualificou de "grave provocação" o teste nuclear e acrescentou que se trata de uma nova violação "direta e inaceitável" das obrigações internacionais de Pyongyang. "Representa uma grave provocação, uma séria ameaça à segurança regional e internacional e um enorme desafio ao regime global de não-proliferação", afirmou em um comunicado a alta representante da União para Assuntos Exteriores, Federica Mogherini.
Pequim "condenou energicamente" o novo teste nuclear, segundo um comunicado do Ministério de Assuntos Exteriores do país, que pede a Pyongyang para retomar ao caminho do diálogo. "O teste atômico aconteceu apesar da oposição geral da comunidade internacional", acrescenta o comunicado.
Pequim condena "firmemente" a Coreia do Norte a que leve em conta "a sólida vontade" da comunidade internacional de conseguir a desnuclearização da península coreana.
Além disso, China pede a Pyongyang que respeite as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, "deixe de tomar decisões equivocadas" e volte "de forma real ao caminho do diálogo".
O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, afirmou que Seul "nunca permitirá à Coreia do Norte continuar avançando com suas tecnologias nucleares e de mísseis", em uma reunião urgente do Conselho Nacional de Segurança realizada após o novo teste de armas realizado com uma bomba H, e recolhida pela agência local "Yonhap".
Moon também pediu para se "impor as sanções mais graves possíveis" por parte do Conselho de Segurança Nacional das Nações Unidas para aumentar o isolamento do regime liderado por Kim Jong-un.
Por sua vez, o premiê japonês, Shinzo Abe, afirmou que o novo teste nuclear representa "uma grave e imediata ameaça de segurança" que "aumenta ainda mais o perigo do regime e menospreza seriamente a paz e a segurança na região".
"Consideramos completamente intolerável que a Coreia do Norte tenha feito um teste nuclear depois que o Conselho de Segurança da ONU tenha condenado energicamente os seus contínuos lançamentos de mísseis balísticos durante este ano", disse Abe em comunicado.
Tóquio e Seul estão em contato permanente com Washington após o teste realizado hoje por volta das 12h30 (horário local, 0h30 em Brasília), e planejam solicitar a convocação de uma nova reunião de emergência do Conselho de Segurança para analisar a situação, informou o ministro de Assuntos Exteriores japonês, Taro Kono. (Com agências internacionais)
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