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Quase 1.700 padres acusados de abuso infantil vivem livremente nos EUA

Gary Hershorn/Getty Images
Imagem: Gary Hershorn/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

04/10/2019 18h04

Um estudo recente conduzido pela agência AP (Associated Press) informou que quase 1.700 padres acusados de abusar sexualmente de crianças continuam vivendo livremente nos Estados Unidos. Muitos deles trabalham como professores, enfermeiros e até conselheiros para sobreviventes de casos de abuso. Uma parcela já reincidiu no crime.

O texto explica que estes padres, diáconos e monges agora ensinam matemática nas escolas, dão aconselhamento a vítimas de abuso sexual, trabalham como voluntários em organizações sem fins lucrativos que cuidam de crianças ameaçadas, moram perto de parques infantis e de creches.

Mais de 160 trabalharam como voluntários em igrejas; cerca de 190 obtiveram licenças profissionais para trabalhar com educação, medicina, trabalho social e aconselhamento. Em agosto de 2019, 76 ainda tinham credenciais válidas para estas áreas.

A agência Associated Press ainda publicou que, desde que estes religiosos deixaram a Igreja Católica e pararam de ser supervisionados pelas autoridades, dezenas cometeram novos crimes - incluindo os de abuso sexual e posse de pornografia infantil.

Roger Sinclair foi removido da Diocese de Greensburg, na Pensilvânia, em 2002 após ser acusado de abuso a um menino adolescente décadas antes. Em 2017, ele foi preso por molestar repetidas vezes um jovem com deficiência. O investigador responsável pelo caso lamentou por considerar que este crime poderia ter sido evitado.