Topo

Esse conteúdo é antigo

Ele se negou a atender cliente sem máscara, ganhou US$ 100 mil e é ameaçado

A norte-americana Amber Gilles e o atendente da Starbucks, Lenin Gutierrez - Reprodução/Facebook/KGTV
A norte-americana Amber Gilles e o atendente da Starbucks, Lenin Gutierrez Imagem: Reprodução/Facebook/KGTV

Do UOL, em São Paulo

17/07/2020 09h39

Uma norte-americana está ameaçando ir à Justiça para receber metade das gorjetas recebidas por um atendente da Starbucks em uma campanha de crowdfunding. Ele se negou a atendê-la no café já que ela estava sem máscara, foi criticado pela cliente nas redes sociais e ganhou US$ 100 mil em doações. Agora, ela quer parte do valor.

Em junho, Amber Gilles foi a uma loja da Starbucks em San Diego, no estado da Califórnia, mas o atendente se recusou a pegar o seu pedido já que ela não estava usando máscara, o que é obrigatório na cidade em locais fechados devido à pandemia do coronavírus.

Irritada, ela contou o episódio no Facebook. "Conheçam Lenin da Starbucks, que se recusou a me atender porque eu não estava usando máscara. Da próxima vez eu vou esperar pela polícia e levar uma recomendação médica", escreveu ela no post, que depois foi apagado.

Muita gente criticou a atitude de Gilles e uma campanha foi criada no GoFundMe em benefício do atendente Lenin Gutierrez. Foram arrecadados pouco mais de US$ 100 mil. Agora, Gilles quer metade do dinheiro porque alega que ela "é quem foi discriminada".

"Eu fui discriminada. Eu é que estou doente", disse ela em entrevista à emissora local KGTV, à qual afirmou que está avaliando com advogados uma ação contra o atendente.

Segundo a KGTV, Gilles mostrou dois documentos para comprovar que ela não poderia usar a máscara: os resultados de um exame pélvico de 2015 dizendo que ela tinha um cisto no ovário e uma nota manuscrita de um quiroprático dizendo que ela "tem condições respiratórias que a impedem de usar uma máscara ou qualquer tipo de cobertura facial".

Questionada sobre porque um quiroprático deu a ela uma recomendação sobre um problema respiratório, Gilles respondeu que era "porque eles se dedicam a fornecer cuidados e tratamentos personalizados não invasivos".

Gutierrez já recebeu o dinheiro de sua campanha no GoFundMe. Em um vídeo postado na página da campanha, ele disse que planejava usar o dinheiro para estudar cinesiologia e dança e que gostaria de doar parte do dinheiro para caridade.