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CPI do Cachoeira terá um depoimento dos quatro previstos

Luciana Lima

Da Agência Brasil, em Brasília

03/07/2012 09h18

Dos quatro depoimentos marcados para esta terça-feira (3) na CPI do Cachoeira, apenas um deverá ocorrer. Uma testemunha apresentou atestado médico para não comparecer e duas outras não foram localizadas pela CPI para entregar a convocação.

Os deputados e senadores da comissão só terão a oportunidade de ouvir o depoimento da empresária Ana Cardozo de Lorenzo, sócia da Serpes Pesquisas de Opinião e Mercado, empresa contratada na campanha de 2010 do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

Essa empresa recebeu depósitos da Alberto & Pantoja, indicada pela Polícia Federal como empresa fantasma do empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Os agentes da Polícia Legislativa não conseguiram notificar o ex-presidente do Detran (Departamento de Trânsito) de Goiás Edivaldo Cardoso.

A alegação é que ele estava em viagem. Cardoso teria sido indicado ao cargo por Cachoeira.

No relatório dos policiais entregue à CPI, eles informaram que a empregada da casa de Cardoso, em Goiânia, disse que tinha ordem para nem receber nem assinar qualquer documento.

A empresária Rosely Pantoja também não foi localizada. Ela é responsável pela empresa Alberto & Pantoja.

De acordo com o relatório dos policiais entregue à CPI, o irmão de Rosely, Carlos Alberto Rodrigues da Silva, informou que há dois anos não sabe o paradeiro dela.

O único a apresentar atestado médico hoje foi Joaquim Gomes Thomé Neto, que passou por um exame de cateterismo no último dia 26.

Ele é apontado pela Polícia Federal como responsável pelas escutas clandestinas que auxiliavam o esquema comandado por Cachoeira. No atestado médico encaminhado à CPMI, ele alegou apresentar um quadro de "oscilação de pressão e tonturas sucessivas”.