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Tribunal nega pedido, e Cachoeira terá que depor à Justiça

O bicheiro Carlinhos Cachoeira ficou calado durante depoimento à CPI do Congresso, em maio deste ano - Ueslei Marcelino/Reuters
O bicheiro Carlinhos Cachoeira ficou calado durante depoimento à CPI do Congresso, em maio deste ano Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters

Da Agência Brasil, em Brasília

23/07/2012 19h18Atualizada em 23/07/2012 20h10

O juiz federal Alexandre Franco, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), negou hoje (23) pedido da defesa do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, para que ele não comparecesse ao depoimento na Justiça nesta quarta-feira (25). O juiz Alexandre Franco substitui temporariamente o desembargador Fernando Tourinho Neto, que está de férias.

Cachoeira é acusado de comandar esquema de corrupção e exploração ilegal de jogos no Centro-Oeste. Ele está preso preventivamente desde dia 29 de fevereiro como resultado da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

O habeas corpus pedindo que Cachoeira não fosse ao TRF1 foi protocolado no final da semana passada. 

O depoimento de Cachoeira e outros réus na Justiça Federal em Goiás é fase fundamental para que o processo avance. As declarações do empresário são aguardadas com ansiedade, pois será a primeira vez em que ele falará sobre o caso. Durante a CPMI, Cachoeira chegou a dizer que “ajudaria muito” às investigações, mas somente após sua audiência na Justiça.

Os depoimentos deveriam ter ocorrido no início de junho, mas uma liminar do desembargador Tourinho Neto adiou as oitivas alegando que haviam falhas processuais que precisavam ser sanadas. Desde então, o caso passou para as mãos do juiz Alderico Rocha Santos, que marcou novas oitivas no final de julho --amanhã (24) serão ouvidas testemunhas de defesa e de acusação e, na quarta-feira (25), serão ouvidos os réus.

Cachoeira foi transferido para Goiânia na manhã desta segunda-feira e está detido na Superintendência da Polícia Federal na capital goiana. Ele passou parte do dia conversando com advogados e fazendo testes psiquiátricos.

Além do recurso negado no TRF1, o empresário sofreu outro revés no início desta noite no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A defesa acionou o tribunal na última quinta-feira (19) insistindo na soltura de Cachoeira. Como o tribunal está de recesso, o processo foi encaminhado ao presidente Ari Pargendler, que trabalha em regime de plantão. Em sua decisão, o ministro destacou que não cabe ao ministro plantonista revisar decisão pendente de julgamento no colegiado.