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Governador do Pará à época do massacre de Eldorado do Carajás morre em Belém

Almir José de Oliveira Gabriel (na foto, em evento durante a campanha eleitoral de 2006) - Janduari Simões/Folhapress - 1.out.2006
Almir José de Oliveira Gabriel (na foto, em evento durante a campanha eleitoral de 2006) Imagem: Janduari Simões/Folhapress - 1.out.2006

Do UOL, em São Paulo

19/02/2013 10h06Atualizada em 19/02/2013 11h24

Morreu na manhã desta terça-feira (19), em Belém, ex-governador do Pará Almir José de Oliveira Gabriel, 80. O político, que estava internado com problemas pulmonares no hospital geral da Unimed, no centro da capital paraense, ficou à frente do Estado pelo PSDB durante dois mandatos e foi durante a sua gestão que aconteceu o massacre de 19 sem-terra em Eldorado do Carajás, em 1996.

O velório do ex-governador deve começar por volta do meio-dia desta terça, no palácio Lauro Sodré, na praça Dom Pedro 2º, no centro de Belém, onde hoje fica o museu do Estado. A previsão é de que seja aberto ao público. O enterro, ainda não confirmado, deve acontecer amanhã (20) na cidade de Castanhal (90 km de Belém), onde Almir Gabriel nasceu.

Em nota, o PSDB lamentou o falecimento de Almir Gabriel. "Gabriel teve papel fundamental no desenvolvimento da região, lutando por mais investimentos em infraestrutura e melhorando a qualidade de vida do povo paraense. Expressamos nossa solidariedade aos familiares e à população do Pará".

A gestão de Gabriel, que foi eleito em 1994 e reeleito em 1998, foi marcada por obras de infraestrutura no Estado e de revitalização turística em Belém.

Em dezembro de 2009, ele anunciou sua desfiliação do PSDB, partido que ajudou a fundar e pelo qual foi senador e candidato a vice-presidente da República em 1989, na chapa de Mário Covas. A saída ocorreu um dia após o PSDB paraense lançar a pré-candidatura de Simão Jatene, sucessor de Almir no governo (2003-2006), à disputa para governador do Pará no ano que vem. Almir havia trabalhado para ser escolhido.

No comunicado de desfiliação divulgado pelo jornal "Diário do Pará" --de propriedade da família do senador Jader Barbalho (PMDB-PA)--, Almir disse lamentar a decisão, "supostamente fundada na tola e odiosa discriminação aos idosos".