Deputado diz não ser contra os gays, apenas contra o casamento entre eles
A indicação para a Comissão de Direitos Humanos e Minorias do pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que já se pronunciou em redes sociais ser contra os homossexuais e o posicionamento de partidários do PT e do PSOL contra a liderança dele, tumultuou o processo de escolha.
Na manhã desta quarta-feira, Feliciano usou as horas antes da escolha para tentar garantir votos que o garantam na liderança da CDH (algo que foi desnecessário em outras comissões). Em meio as conversas com outros parlamentares, ele falou sobre a indicação.
O pastor disse acreditar que a indicação do nome dele para uma comissão que cuida dos direitos da minorias (que incluem homossexuais) não é uma incoerência. “Não sou contra os gays, sou contra o ato e o casamento homossexual. Quero o lugar para poder justamente discutir isso. Vai ser debate. Vou ouvir e vou falar”, afirmou.
Na Comissão de Constituição e Justiça, ele conversou longamente com Alessandro Molon (PT-RJ) e Ricardo Berzoini (PT-SP) para tentar garantir a eleição. “Falei com eles porque acordo de líderes é acordo, e está indicado que eu seja líder da comissão”, disse.
Feliciano afirmou que não procurou nenhum parlamentar do PSOL para discutir votação. “Falei com o Jean Willys (PSOL-RJ) e pedi até que ele continue na comissão. A saída dele enfraqueceria o debate.” De acordo com a assessoria dele, um diálogo para costurar alianças seria “inútil”, dada a posição do partido.
O deputado disse ainda não ter certeza de que será eleito na comissão. “Está tudo em clima de suspense, tensão.” A escolha do líder da Comissão de Direitos Humanos e Minorias acontece nesta quarta-feira a partir das 14h, na Câmara.
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