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Oligopólio na produção de ônibus encarece transporte público, diz Haddad

Do UOL, em São Paulo

30/07/2013 19h16Atualizada em 30/07/2013 20h48

Em sabatina realizada pela Folha e pelo UOL nesta terça-feira (30), o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que existe um oligopólio na produção de ônibus, o que ajuda a encarecer o custo do transporte público.

“Precisamos escancarar os problemas que enfrentamos. A produção de ônibus no Brasil é muito concentrada, com duas ou três empresas na produção”, disse. “É um modelo oligopolizado já na produção. Há uma dificuldade, uma barreira de entrada de novos atores no mercado. Quem é que tem 1.000, 2.000, 5.000 ônibus para disputar o mercado agora.”

Em seguida, o prefeito afirmou que parece haver um “colhimento nos empresários dispostos a investir” no setor de transporte público em razão da insegurança jurídica e econômica geradas pelos protestos.

“Mas não devemos tomar os protestos como ameaça, e sim como oportunidade de encarar o modelo.”

O prefeito reafirmou que “não há caminho a não ser priorizar o transporte público, para melhorar a qualidade e reduzir custo.”

Antes, também ao falar de transporte público, mas atrelando o tema aos protestos do mês passado,  Haddad afirmou que teve a sensação, durante os protestos que ocorreram no mês passado na capital, que "as forças de segurança estavam despreparadas".

Visita de Dilma

O petista disse ainda que a presidente Dilma Rousseff (PT) virá nesta quarta-feira (31) a São Paulo para lancar um programa de obras, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) São Paulo.

Rodízio

O prefeito afirmou ainda, durante a sabatina, que não pretende anunciar nesse momento uma ampliação no rodízio de carros. "Não estamos certos que isso vai ocorrer [ampliação do rodízio]", disse. "Não vou tomar nenhuma decisão de sopetão." 

Haddad disse que "não tomaria medida restritiva ao carro, sem antes apoiar o transporte público".