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Para Aécio, mais do que subir em pesquisa, desejo de mudança é o principal

Fernanda Calgaro

Do UOL, em Brasília

09/05/2014 12h03

Único pré-candidato à Presidência a crescer em pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (9), o senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que, mais importante do que registrar aumento nas intenções de voto, é o fato de que mais de 70% dos entrevistados querem mudanças em relação ao atual governo.

“O dado relevante é que (...) mais de 70% da população quer mudanças e mudanças profundas, e nós estamos caminhando para mostrar aos brasileiros (...) que nós temos as propostas que mostram que somos a mudança segura que o Brasil precisa ter”, disse Aécio em entrevista coletiva durante encontro com lideranças políticas em Maceió.

Segundo ele, a sua candidatura representa uma mudança que incorpora “ética na vida pública”. “Nós precisamos de um governo que concilie ética com eficiência, essa é a proposta do PSDB”, afirmou.

A pesquisa do Datafolha confirmou tendência de queda da presidente Dilma Rousseff, que vinha de 44% em fevereiro para 38% em abril e 37% agora, aumentando, assim, a chance de um segundo turno. Também apontou que 74% dos eleitores querem mudanças na forma como o país é governado.

O segundo colocado é Aécio, com 20%. Ele tinha 16% no início de abril e em fevereiro também. O tucano foi o único pré-candidato que variou fora da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O terceiro lugar é ocupado por Eduardo Campos (PSB), que teve 11%, oscilando para cima dentro da margem erro. Em abril, ele tinha 10% e, em fevereiro, 9%.

Para o tucano, porém, as pesquisas, neste momento, antes do início da campanha eleitoral, ainda não são os principais termômetros.

“Quando você sobe [nas pesquisas], você acha que é melhor do que quando você cai, mas eu não acho que esses sejam os indicadores mais relevantes porque o nível de conhecimento dos candidatos é muito díspare, é muito pouco isonômico. Você tem uma presidente que tem 100% de conhecimento e outros candidatos que, por não terem disputado uma eleição nacional, têm índices muito menores”, observou.