Conselho de Ética aprova continuidade de investigação contra Argôlo
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara aprovou nesta terça-feira (3), por unanimidade, o parecer preliminar do deputado Marcos Rogério (PDT-RO), que permite a continuidade do processo disciplinar contra o deputado Luiz Argôlo (SD-BA). O processo pode levar a cassação de seu mandato parlamentar.
Argôlo é investigado por suspeita de ter sido favorecido pelo doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal durante a operação Lava Jato. Foram abertos dois processos disciplinares por quebra de decoro parlamentar contra ele na Câmara, um no Conselho de Ética e outro na Corregedoria da Casa. Os dois processos agora seguirão juntos.
O Conselho de Ética notificou Argôlo nesta terça-feira. O deputado tem dez dias úteis a partir da data de notificação para apresentar sua defesa escrita.
O advogado de Argôlo, Aluísio Corrêa Régis, afirmou que o deputado diz que é inocente e que irá prestar todos os esclarecimentos necessários.
Na semana passada o deputado pediu 15 dias de licença médica após arritmia cardíaca. Argôlo tem 33 anos.
Segundo seu advogado, Argôlo esteve na Câmara na manhã de hoje para assinar a notificação sobre o processo no Conselho de Ética. "Ele fez isso para não parecer que tirou a licença para não ser citado e assim, atrasar os trabalhos", explicou.
O Solidariedade abriu um processo no conselho de ética do partido para expulsar Argôlo. Nos bastidores, lideranças do SD afirmam que o partido faz pressão para que ele deixe a sigla.
Este é o segundo parlamentar na mira do conselho por suspeita de envolvimento com Youssef. O primeiro caso é o do deputado licenciado André Vargas (sem partido-PR), que chegou a renunciar ao cargo de vice-presidente da Câmara por desgaste político com o caso.
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