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Pepe diz que sucessão de Dilma em 2018 ainda não é discutida pelo PT

Aloizio Mercadante, ministro da Casa Civil - Roberto Stuckert Filho - 3.fev.2014 /PR
Aloizio Mercadante, ministro da Casa Civil Imagem: Roberto Stuckert Filho - 3.fev.2014 /PR

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

20/01/2015 11h16

O ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, descartou nesta terça-feira (20) que o PT já esteja planejado a sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2018. O tema da sucessão de Dilma veio à tona após uma entrevista concedida pela senadora Marta Suplicy (PT-SP) em que ela criticou o PT e apontou o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, como principal candidato a disputar a Presidência nas próximas eleições.

“O PT não está fazendo esse debate no momento. Nós recém iniciamos um novo governo. Não há debate dentro do PT sobre isso. Não tem nenhum debate sobre a sucessão da presidenta Dilma”, afirmou.

Durante um café da manhã realizado com jornalistas no Palácio do Planalto, Pepe Vargas disse que é normal que surjam especulações relacionadas ao nome do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. 

“Sempre vai ter essa especulação. Se tem super-ministro, primeiro ministro (...) sempre, quem senta na cadeira da Casa Civil é interpretado dessa forma”, afirmou Vargas.

Questionado sobre em quem votaria caso tivesse de escolher entre Aloizio Mercadante ou no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suceder Dilma Rousseff, Pepe Vargas se esquivou. “Isso não vai acontecer. Não corro risco nenhum de ter que fazer essa opção”, disse.

Marta

Pepe também comentou a tensão entre Marta e o comando do PT. Desde que deixou o ministério da Cultura, no ano passado, Marta desferiu críticas ao partido e à gestão do atual ministro da Cultura, Juca Ferreira, que já havia sido ministro durante o governo Lula.

“Eu sou daqueles que acha que é melhor a gente conversar o máximo possível com ela. Sob o ponto de vista do governo, é pauta vencida, acho que o presidente Rui (Rui Falcão, presidente nacional do partido), o presidente do diretório de São Paulo deverão conversar com ela”, afirmou.

Após as críticas feitas ao partido, cresceram as especulações sobre uma eventual saída de Marta Suplicy do PT para que ela possa disputar a prefeitura de São Paulo, atualmente ocupada pelo petista Fernando Haddad.

Pepe pontuou, porém, que Marta deve parte de seus votos ao fato de ser candidata do PT. “Com certeza, os votos que ela faz, parte são porque ela é candidata do PT. Os outros são os votos pessoais dela”, afirmou.