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Ex-prefeita e mais 490 terão de devolver pagamentos à Prefeitura de Natal

Ex-prefeita de Natal Micarla de Sousa - Frankie Marcone/Divulgação
Ex-prefeita de Natal Micarla de Sousa Imagem: Frankie Marcone/Divulgação

Aliny Gama

Do UOL, em Maceió

21/01/2015 18h22

A ex-prefeita de Natal (RN) Micarla de Sousa (PV) e 490 servidores e ex-servidores foram convocados para devolverem à Semad (Secretaria Municipal de Administração) R$ 990 mil referentes a pagamentos que receberam em duplicidade em janeiro de 2013.

Os pagamentos são relativos as verbas rescisórias e devem ser devolvidos voluntariamente até o dia 31 de março. Quem não devolver vai receber cobrança judicial e deverá pagar o valor com juros.

Duas listas de convocados foram publicadas no DOM (Diário Oficial do Município) dos dias 15 e 19. A prefeitura informou que os servidores receberam intimações informando sobre o prazo.

Micarla foi afastada da Prefeitura de Natal em outubro de 2012 por determinação do TJ-RN (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte) após uma série de denúncias de corrupção.

A ex-prefeita de Natal teve o nome envolvido na Operação Assepsia, que investiga fraudes na contratação de empresas para administrar unidades de saúde em Natal.

O vice-prefeito Paulinho Freire (PP) assumiu a cadeira, mas dias depois renunciou ao cargo.

O presidente da Câmara de Vereadores de Natal Ney Lopes Júnior (DEM) assumiu o cargo por 11 dias. Em janeiro de 2013, o atual prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) tomou posse no cargo.

R$ 238 mil devolvidos

Segundo a prefeitura de Natal, quem recebeu em duplicidade logo foi informado e convocado para devolver o dinheiro, mas até agora a Conta Única do Município só recebeu cerca de R$ 238 mil.

Quem recebeu em duplicidade deverá comparecer à Semad para saber o valor a ser devolvido. Em seguida depositar a quantia na Conta Única do Município e voltar à Semad para apresentar o comprovante de depósito.

Os pagamentos em duplicidade foram efetuados já na gestão do prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT). O UOL entrou em contato com a prefeitura para saber o porquê da demora da devolução dois anos após a ocorrência dos pagamentos em duplicidade, mas ninguém se pronunciou sobre o assunto.

O UOL entrou em contato com Micarla Sousa por meio do endereço eletrônico dela, mas até a publicação deste texto ninguém retornou.