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Advogados de Cunha pedem acesso a documentos da Lava Jato no STF

Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - Pedro Ladeira/Folhapress
Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Bruna Borges

Do UOL, em Brasília

04/03/2015 20h19

Os advogados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediram nesta quarta-feira (4) ao STF (Supremo Tribunal Federal) para ter acesso aos documentos da Lava Jato. Ontem, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou uma lista de nome de políticos citados no esquema de corrupção na Petrobras pedindo a abertura de inquéritos para apurar casos suspeitos. 

“É fato público e notório a afirmação, na imprensa, de que o ora requerente [Cunha] faz parte da lista de suposta lista de políticos investigados na ‘operação Lava Jato’”, diz trecho da petição enviada ao tribunal.

Os nomes de políticos ainda estão em segredo de Justiça, mas Cunha teria sido comunicado pelo vice-presidente Michel Temer que integra a lista de suspeitos do procurador-geral da República. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) também é citado.

Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", Cunha (PMDB-RJ) já contratou o ex-procurador-geral da República Antonio Fernando Souza para defendê-lo no caso Lava Jato. O documento que pede acesso aos autos enviado hoje ao Supremo é assinado pelos defensores Reginaldo Oscar de Castro e Davi Machado Evangelista.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) enviou à Suprema Corte 28 pedidos de inquérito para apurar o envolvimento de 54 pessoas no suposto desvio de verbas na Petrobras, investigado na Lava Jato. Também foram enviados ao STF sete pedidos de arquivamento sobre políticos citados.

São casos em que, conforme os procuradores, não há indícios fortes para inquérito. Entre os investigados estão políticos e pessoas sem foro privilegiado. Todos responderão a inquéritos, mas nenhuma denúncia direta foi feita pelo procurador-geral até agora.

O ministro Teori Zavascki, relator dos casos da Lava Jato no Supremo, pretende acabar a análise dos casos e decidir se acata os pedidos de inquérito ou não até sexta-feira (6). Ainda não há previsão de quando ele derrubará o sigilo dos nomes dos políticos.