Mercadante nega flexibilização e diz que ajuste fiscal sugerido é essencial
O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, negou, nesta terça-feira (24), que o governo e o PT estejam dispostos a flexibilizar os termos das medidas provisórias 664 e 665, que modificam as regras de acessos a benefícios trabalhistas. “Não procedem as informações de que, seja em relação ao presidente Lula ou ao Partido dos Trabalhadores, o governo esteja flexibilizando o ajuste”, disse Mercadante.
Reportagem publicada nesta terça no jornal “O Estado de S. Paulo” informou que a presidente Dilma Rousseff comunicou ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que está disposta a mudar as medidas provisórias 664 e 665, que restringem a concessão de benefícios trabalhistas e integram o ajuste fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Mercadante disse que o ajuste fiscal sugerido pelo governo é “essencial” e que sua aprovação precisa acontecer o mais rápido possível. “Quanto mais rápido e consistente for o ajuste, mais rápido nós retomaremos o crescimento”, afirmou o ministro.
O ajuste fiscal proposto pelo governo vem encontrando resistências entre parlamentares governistas e oposicionistas. Nas últimas semanas, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem se reunido com líderes partidários e parlamentares para convencê-los a votar a favor do pacote. Nesta semana, o PSDB, principal partido de oposição, sinalizou que deverá votar contra as medidas enviadas pelo Executivo.
Mercadante considerou positiva a manutenção do grau de investimento do Brasil concedido pela agência de risco Standard & Poor´s, anunciada na última segunda-feira (23). “É positivo. Mas o fato de ser positivo não diminui a nossa responsabilidade”, afirmou Mercadante, enfatizando a necessidade de o pacote de ajuste fiscal ser aprovado pelo Congresso.
Apesar de contar com resistência às medidas no Congresso, o ministro disse estar confiante em relação à aprovação do ajuste fiscal. "Essas correções são estruturais, estão sendo feitas de forma bastante pensada, aprofundada. (...) O Congresso evidentemente vai debater, vai chamar especialistas (...), mas temos total convicção de que elas são indispensáveis para que a gente possa estabilizar a economia, ajudar a combater a inflação", afirmou.
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