Movimento que pede impeachment de Dilma convoca 'panelaço' contra Renan
Um dos grupos que reivindicam o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o MBL (Movimento Brasil Livre) convocou manifestantes a fazerem um "panelaço" contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na noite desta quarta-feira (12). O protesto foi marcado para as 21h, na frente da residência oficial do senador, em Brasília.
Calheiros entrou na mira dos militantes após sinalizar uma aliança com o governo, na última segunda (10), ao se encontrar com ministros e apresentar uma agenda anticrise que prevê a votação de 27 propostas legislativas. O pacote foi elogiado por Dilma. No mesmo dia, o senador declarou que dar prioridade ao impeachment da presidente no Congresso é o mesmo que por fogo no Brasil. "E não é isso que a sociedade quer de nós", completou.
Na convocação para o panelaço contra o senador alagoano, publicada na página do MBL no Facebook hoje à tarde, os organizadores dizem que Calheiros "estranhamente começou a defender Dilma nos últimos dias". "Rabo preso? Alô, Calheiros, o povo quer Fora Dilma! Fora PT! Quem apoia a Dilma cai junto", diz o texto, que também pede pede pressão no presidente do Senado.
Ao lado de movimentos como o "Vem pra Rua" e o "Revoltados On Line", o MBL está convocando atos contra o governo Dilma, no próximo domingo (16), em diversas cidades brasileiras. Segundo Renan Santos, um dos coordenadores nacionais do grupo, o senador "conseguiu" virar um dos alvos das manifestações organizadas pelo movimento em todo o país.
"Ele é um rato político, por isso fica ao lado do lixo", declarou Santos. Ele também disse acreditar que a "manobra" de Calheiros teria a ver com o seu possível envolvimento no esquema de corrupção investigado pela operação Lava Jato. O senador pode ser um dos 47 políticos investigados por suposta participação em irregularidades na Petrobras.
Nesta segunda, dia em que Renan participou de encontro com a cúpula do PMDB e o ex-presidente Lula, o MBL publicou montagem colocando o senador em um navio afundando ao lado da presidente Dilma. "Com tudo nas mãos para poder tirar essa quadrilha do poder. [...] ainda há quem se alie ao governo", critica o movimento.
Nesta terça, aliados do presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), definiram estratégia para bombardear a aproximação de Renan com o governo. Uma das ações será incentivar que os grupos que organizam as manifestações contra Dilma a incluí-lo entre os alvos dos protestos do próximo domingo.
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