Líder do governo nega derrota e promete manutenção de vetos à "pauta-bomba"
O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE) negou que o governo tenha sido derrotado nesta terça-feira (6) por conta do encerramento da sessão do Congresso Nacional que iria apreciar vetos da presidente Dilma Rousseff (PT) às chamadas “pautas-bombas”. A sessão desta terça-feira foi encerrada por falta de quórum. “Não foi derrota de ninguém. Não teve quórum porque muitos parlamentares não estavam na Casa”, disse Guimarães. O líder prometeu que na sessão marcada para esta quarta-feira (7), haverá quórum e o governo terá votos suficientes para manter os vetos.
A sessão desta terça-feira foi convocada para analisar pelo menos seis vetos presidenciais, entre eles o que impede o reajuste de funcionários do Judiciário em até 78% e o que veda a extensão das regras de reajuste do salário mínimo para aposentados da Previdência. Eram necessários pelo menos 257 deputados e 41 senadores para que as matérias fossem deliberadas, mas no momento em que a sessão foi encerrada, havia apenas 196 deputados e 54 senadores.
O encerramento da sessão e o adiamento da votação dos vetos foram encarados como uma derrota do governo na mesma semana em que ele formalizou a reforma ministerial. O PMDB, partido com quem o governo vem enfrentando problemas sobretudo na Câmara, aumentou sua presença no governo saindo de seis para sete ministérios.
O PMDB, partido com a maior bancada da base aliada, tem 65 deputados (sem contar o presidente da Casa, Eduardo Cunha), mas apenas 34 marcaram suas presenças no painel da Casa.
José Guimarães disse que não há clima de derrota e evitou falar sobre o assunto. Ele disse, no entanto, que o governo vai conseguir o quórum para a sessão do Congresso marcada para esta quarta-feira e que os vetos da presidente Dilma serão mantidos. “Temos votos para manter os vetos”, disse Guimarães.
O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), negou que o PMDB tenha ajudado a obstruir a votação dos vetos presidenciais. Segundo ele, a orientação do partido era a de que os parlamentares adiantassem seus voos de retorno a Brasília para que pudessem estar na capital a tempo de acompanhar a sessão do Congresso, mas que alguns parlamentares não conseguiram chegar. “Terça-feira pela manhã não é um dia fácil. Muitos deputados ainda estão chegando. Muitos só chegam à tarde”, disse o líder.
Picciani repetiu o discurso de Guimarães e disse acreditar que haverá quórum para a sessão do Congresso marcada para esta quarta-feira. “Não tenho dúvidas de que amanhã teremos quórum. Não foi o PMDB que obstruiu [a sessão]”, afirmou Picciani.
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