Ministro de Temer justifica ausência de mulheres no governo: "não foi possível"
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta sexta-feira (13) que o governo do presidente interino Michel Temer terá mulheres em secretarias, postos "com as mesmas atribuições" de ministérios, segundo ele.
O novo governo foi criticado por anunciar apenas ministros homens até agora. É o primeiro sem mulheres desde Ernesto Geisel (1974-1979).
"Nós vamos sim trazer mulheres a participar do governo em postos que ontem eram ministérios, mas que hoje têm as mesmas atribuições, mas com nome diferente", afirmou Padilha
Segundo ele, a atual composição foi resultado da indicação de partidos que compõem a nova base do governo e que o tempo "foi reduzido" para que fosse formado. "O governo anterior a gente soube que iria terminar ontem pela manhã. Nós tivemos um espaço de tempo muito reduzido para que se pudesse ter um pouco mais de tempo para essa composição", afirmou.
O governo Dilma tinha 32 cargos com status de ministério, número reduzido para 23 sob Temer.
"Nós tentamos, e vocês mesmo noticiaram. Em várias funções nós tentamos buscar mulheres, mas por razões que não vêm ao caso aqui nós discutirmos, não foi possível", disse.
O ministro também apontou que a chefe de gabinete de Michel Temer é uma mulher, Nara de Deus Vieira.
Até a última semana do governo Dilma, eram seis mulheres em 32 ministérios: Eva Chiavon (Casa Civil), Kátia Abreu (Agricultura), Emília Maria Silva Ribeiro Curi (Ciência, Tecnologia e Inovação), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Inês Magalhães (Cidades) e Nilma Lino Gomes (Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos).
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