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PF realiza operação autorizada por ministro do Supremo

Pedro Ladeira/Folhapress
Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

10/04/2018 09h26Atualizada em 10/04/2018 12h58

O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta terça-feira (10) que investiga pagamentos de vantagens indevidas por parte de um grupo empresarial a políticos. Os alvos da operação são pessoas ligadas ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).

Cerca de 40 policiais federais cumprem oito mandados de busca e apreensão em São Paulo, Goiânia e Fortaleza.

Segundo a PF, a finalidade das medidas é “buscar documentos e outros elementos de aprofundamento da investigação, considerando a notícia de doações de campanha abalizadas através de contratos fictícios”.

A operação é decorrente da delação de Nelson Mello, ex-diretor de Relações Institucionais da Hypermarcas.

Em delação premiada, Mello declarou que pagou R$ 5 milhões em despesas de campanha de Eunício Oliveira para o governo do estado do Ceará em 2014. De acordo com o delator, os pagamentos foram feitos por meio de contratos fictícios.

No depoimento, Mello relatou que um lobista lhe informou que foi procurado por um sobrinho de Eunício Oliveira, chamado Ricardo, que pediu ajuda para a campanha eleitoral do tio. Devido à "posição do senador", o delator disse que concordou em fazer o repasse.

Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, a assessoria de imprensa do presidente do Senado, Eunício Oliveira, informou que, até o momento, nenhuma pessoa ou empresa ligada ao senador foi abordada pela Polícia Federal.

A Hypermarcas informou, em nota, que houve operação "no escritório em São Paulo para colher documentos relacionados à colaboração do ex-diretor Nelson Mello". A empresa disse ainda que "não é alvo de nenhum procedimento investigativo, nem se beneficiou de quaisquer atos praticados isoladamente pelo ex-executivo". (Com informações da Agência Estado e Agência Estado)